Mitos e Verdades – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Mitos e Verdades sobre o alumínio

 

Lacres de latas de alumínio têm valor comercial Lacres de latas de alumínio têm valor comercial

A ABAL esclarece que as empresas de reciclagem de alumínio reciclam a lata inteira (com ou sem o lacre), mas não compram o lacre separadamente.

Mito: Não se sabe como começou, mas o boato de que os lacres das latas de alumínio teriam um alto valor comercial se espalhou pelo Brasil. Em São Paulo, principalmente, pessoas de todas as idades passaram a juntar quilos de lacres com a esperança de engordar o rendimento mensal, uma vez que, conforme o boato, uma garrafa de plástico de dois litros (contendo um quilo aproximadamente de lacres) valeria muitas vezes mais que um quilo da própria lata. O "comércio" de lacres das latas de alumínio chegou até a internet com pessoas anunciando promoções, todas em busca de comprador. Mas ninguém sabe para onde ou para quem vender os lacres, e o resultado é um grande número de telefonemas e e-mails dirigidos à ABAL e às empresas de reciclagem em busca de informações.

Verdade: As empresas de reciclagem de alumínio reciclam a lata inteira (com ou sem o lacre), mas não compram o lacre separadamente. Isso porque o anel da lata é muito pequeno e pode se perder durante o processo de transporte e peneiragem do material a ser reciclado, ou mesmo durante o processo de fundição. Daí ser importante manter o anel preso à tampa, razão pela qual foi adotado o sistema atual de abertura para as latas de alumínio chamado originalmente de stay-on-tab, conhecido como "tampa ecológica".
O lacre, assim como o corpo da lata, é feito de uma liga de alumínio, com alto teor de magnésio. Ao contrário do que sugerem os boatos, não entram em sua composição ouro, prata e nem platina.

Embalagens descartáveis de alumínio não podem ir ao micro-ondas Embalagens descartáveis de alumínio não podem ir ao micro-ondas

Respeitando alguns procedimentos básicos é totalmente possível utilizar os fornos de micro-ondas para aquecer, descongelar ou cozinhar alimentos acondicionados nessas embalagens.

Mito: Muitos usuários de fornos de micro-ondas ainda ficam receosos em utilizar embalagens descartáveis de alumínio para aquecer alimentos, pois as embalagens poderiam faiscar e até incendiar o aparelho.

Verdade: Apesar de hoje ser infundado, esse risco já foi real num passado remoto. Nos anos 1970, os aparelhos ainda não ofereciam plena segurança contra o reflexo das micro-ondas. No entanto, já faz mais de trinta anos que os equipamentos disponíveis no mercado estão aptos a receber as bandejas descartáveis de alumínio, descongelando ou aquecendo alimentos com total segurança, mais rapidamente e com muita praticidade, pois pode ser servido na mesma embalagem.
Em 1980, a associação dos fabricantes de embalagens descartáveis de alumínio dos Estados Unidos divulgou dados de uma pesquisa que mostrou a segurança do uso das embalagens de alumínio nos novos aparelhos de micro-ondas, desde que fossem seguidos alguns cuidados durante o manuseio. Mais recentemente a Alufoil, associação similar na Europa, divulgou estudo que comprova essa segurança.
No Brasil, a partir de um trabalho do Comitê de Mercado de Embalagens Descartáveis de Alumínio da ABAL e da culinarista Sonia Wooten, foi demonstrado que, respeitando alguns procedimentos básicos, é possível sim valer-se das vantagens dessas embalagens nos fornos de micro-ondas.

Consumir bebidas em latas pode transmitir leptospirose Consumir bebidas em latas pode transmitir leptospirose

Segundo a Secretaria da Saúde de São Paulo não existem casos de leptospirose provocados por ingestão de bebidas em lata registrados no Estado.

Mito: Circulam pela Internet, há alguns anos, mensagens com a suposta intenção de alertar a população sobre "o perigo" de se consumir bebidas em latas. Segundo elas, as latinhas poderiam estar contaminadas por urina de ratos, expondo os consumidores ao risco de contraírem leptospirose. As mensagens chegaram até a mencionar que pessoas teriam morrido após consumirem bebidas em lata e a creditar a autoria da informação ao Dr. Fábio Olivares, do Centro de Biociências e Biotecnologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense. A versão brasileira afirma existir uma pesquisa do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial) sobre o assunto.

Verdade: Com o objetivo de esclarecer o público, a ABAL buscou a confirmação de cada uma das informações contidas nas mensagens. Com isso, no ano de 2000, obteve declarações por escrito tanto do Dr. Fábio Olivares - em que nega a autoria do texto - quanto do então chefe de gabinete da Presidência do Inmetro, Carlos Eduardo Vieira Camargo, garantindo que o instituto jamais realizou análise em latas de refrigerantes com a finalidade de medir níveis de vermes ou bactérias.
A ABAL também recebeu uma correspondência do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria da Saúde de São Paulo, que afirma não existir, em todos os casos de leptospirose registrados no Estado, algum que tenha sido provocado por ingestão de bebida em lata. As informações foram confirmadas em novo documento recebido em 20 de maio de 2004.
Diante da comprovada falsidade das informações divulgadas em tais mensagens, a ABAL requereu, junto à Polícia Civil de São Paulo, a instauração de um inquérito policial a fim de apurar a ocorrência de crime de falsidade ideológica e outros crimes de fundo econômico ligados a esses boatos.

O uso de antitranspirantes com sais de alumínio pode causar câncer de mama O uso de antitranspirantes com sais de alumínio pode causar câncer de mama

Em estudo, a ANVISA concluiu que até o presente momento não foram apresentados dados capazes de relacionar os sais de alumínio ao câncer de mama.

Mito: Informações divulgadas na internet relacionam o uso de antiperspirantes ou antitranspirantes – produtos que contêm sais de alumínio e seus derivados na formulação - com possíveis ocorrências de câncer de mama, pelo fato de que a maior incidência da doença ocorre na área do peito onde estão localizados os nódulos linfáticos, local utilizado para aplicação do produto.

Verdade: Os antiperspirantes normalmente contêm sais de alumínio como o cloridrato ou hexacloridrato de alumínio em quantidades superiores a 25% do total de sua composição. No entanto, o alumínio não é classificado como substância carcinogênica pelo The International Agency on Research on Cancer (IARC) e, segundo dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos, não foram mencionadas pesquisas que pudessem evidenciar tal correlação.
A Food and Drug Administration (FDA), órgão que regulamenta, entre outros, o setor de produtos cosméticos, também indica que não existem evidências à teoria de que os ativos presentes em formulações de antitranspirantes ou desodorantes pudessem causar câncer, conseqüentemente, segundo o FDA, parece não haver embasamento científico para esta preocupação. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por meio da Gerência Geral de Cosméticos constituiu subcomissão de trabalho, após avaliar essas informações, concluiu que, até o presente momento, não foram apresentados dados capazes de inferir a relação dos sais de alumínio e a incidência de câncer de mama; embora a abordagem sobre a absorção de sais de alumínio deva continuar na mira dos pesquisadores da área.

Consumir alimentos preparados em panelas de alumínio faz mal à saúde Consumir alimentos preparados em panelas de alumínio faz mal à saúde

O alumínio é um material reconhecidamente seguro para uso em utensílios que entram em contato direto com alimentos, conforme atestam FDA e ANVISA.

Mito: Algumas pessoas evitam usar panelas de alumínio na preparação de alimentos, pois a ingestão de resíduos do metal liberados durante o cozimento oferece riscos à saúde e podem até provocar doenças no sistema nervoso, inclusive o Mal de Alzheimer.

Verdade: As panelas de alumínio não contaminam os alimentos. O alumínio é um material reconhecidamente adequado para uso em utensílios que entram em contato direto com alimentos, sem nenhum efeito nocivo ao organismo humano, conforme atesta a Food and Drug Administration - FDA, órgão oficial de saúde dos Estados Unidos e a ANVISA, no Brasil.
Segundo pesquisa do Centro de Tecnologia de Embalagem (CETEA), do Instituto de Tecnologia de Alimentos do Estado de São Paulo, baseada no modo de preparo e nos hábitos alimentares da população brasileira, a quantidade de alumínio transferido para os alimentos em duas refeições diárias corresponde a apenas 2% do limite de ingestão diária, definida pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Além disso, o organismo tem eficientes barreiras no trato gastrointestinal, nos pulmões e na pele, além do sistema hematoencefálico, que praticamente impedem a absorção do alumínio, eliminando naturalmente o metal ingerido por meio das fezes.

Alumínio causa o Mal de Alzheimer Alumínio causa o Mal de Alzheimer

Não há evidência científica que atribuía ao alumínio o papel de causador primário para o Mal de Alzheimer ou de induzir a patologia da doença em quaisquer espécies, incluindo seres humanos.

Mito: A presença do alumínio no cérebro de indivíduos acometidos pelo Mal de Alzheimer – ou esclerose mental precoce – levou vários pesquisadores, na década de 1970, a suspeitarem que o metal tivesse alguma implicação no desenvolvimento da doença.

Verdade: Não há evidência que apoie a atribuição de um papel causador primário do alumínio para o Mal de Alzheimer e que o alumínio não induz a patologia da doença in vivo em quaisquer espécies, incluindo seres humanos. Não existem dados que confirmem a hipótese de que a exposição da população idosa de algumas regiões a altos níveis de alumínio na água potável pode exacerbar ou acelerar o Mal de Alzheimer. Esta foi a conclusão, já em 1997, de relatório produzido pelo grupo de tarefa especial do International Programme on Chemical Safety da OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo UNEP (Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas).
Em conferências internacionais sobre o Mal de Alzheimer e distúrbios relacionados que foram realizadas em intervalos regulares com a presença de mais de mil especialistas , o alumínio não foi considerado um dos fatores envolvidos na doença.
A Alzheimer Association (EUA) considera um mito a relação entre a doença e a ingestão de alimentos preparados em panelas de alumínio ou o consumo de bebidas em embalagens fabricadas com o material. Segundo a entidade, os estudos realizados não confirmam o alumínio como causa para o Mal de Alzheimer e poucos especialistas hoje acreditam que a exposição diária ao alumínio possa representar uma ameaça.
O alumínio é um dos elementos mais abundante na crosta terrestre, o que resulta na sua presença naturalmente em alimentos e até mesmo na água sem tratamento. Portanto, a sua ingestão ocorre independentemente do tipo de alimentação e preparo. No entanto, apenas 0,01 a 0,3% do alumínio ingerido é absorvido e, em organismos saudáveis, rapidamente e naturalmente eliminado pelos rins, o que reduz a possibilidade de acúmulo do metal no organismo a ponto de se tornar perigoso para a saúde.
A indústria do alumínio sempre assumiu uma atitude responsável perante as preocupações de saúde em relação ao alumínio. O setor tem aplicado recursos consideráveis em centros-chave de pesquisa com pesquisadores eminentes nesse campo, para afastar a relação do alumínio com a doença.

Alumínio: útil e mortal, artigo lista diversos males à saúde relacionados ao alumínio Alumínio: útil e mortal, artigo lista diversos males à saúde relacionados ao alumínio

O artigo tem um tom alarmista, sem fundamentação científica, e faz menções totalmente inverídicas.

Mito: O artigo intitulado Alumínio Útil e Mortal, divulgado em inúmeros fóruns e listas de discussão na Internet, além de mensagens divulgadas via e-mail, lista uma série males à saúde relacionados ao consumo de alimentos preparados ou acondicionados em utensílios e embalagens de alumínio.

Verdade: O alumínio é um material reconhecidamente adequado para uso em utensílios que entram em contato direto com alimentos, sem nenhum efeito nocivo ao organismo humano, além disso, o metal é fundamental para garantir a qualidade e conservação dos alimentos, bebidas e medicamentos.
O artigo tem um tom alarmista, sem fundamentação científica, e menciona sintomas cujas causas são as mais variadas, além de fazer menções totalmente inverídicas

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