ABAL na Mídia: consumo de alumínio recupera nível de 2014
O consumo aparente de alumínio deve retornar aos níveis pré-crise. A expectativa é do presidente-executivo da ABAL, Milton Rego, que estima um crescimento de 5% no mercado brasileiro, chegando a 1,6 milhão de toneladas. Em 2014, o consumo foi de cerca de 1,5 milhão de toneladas.
“2020 tem todos os ingredientes para ser um bom ano. Esse crescimento será puxado pela indústria de embalagem, transporte e a construção civil, que desde o último trimestre de 2019 vem retomando a atividade”, disse o presidente-executivo da ABAL, Milton Rego.
Para o dirigente, desse consumo apenas 800 mil toneladas deverão ser produzidas no país.
“Estacionamos na produção. Estamos usando a capacidade total das usinas instaladas no Brasil. Finalmente vamos ter o ritmo de utilização da capacidade de sete anos atrás. Mostra uma retomada”, disse o dirigente.
Segundo Rego, apenas 300 mil toneladas de alumínio primário podem retornar ao sistema brasileiro. Mas, isso dependerá de condições melhores de competitividade, principalmente no preço da energia.
“Em 2014, produzimos 1,7 milhão de toneladas de alumínio primário. De lá pra cá, perdemos mais de 800 mil toneladas, com o fechamento dos altos-fornos em função do preço alto da energia. Desses, somente os ‘smelters’ da Alcoa em São Luis, no Maranhão, podem retomar a operação, mas isso está longe de acontecer”, disse Rego.
Segundo ele, caso o Brasil tivesse preços mais competitivos da energia elétrica, o país poderia ser autossuficiente na produção de alumínio primário, reduzindo a importação.
“O reciclado chega 500 mil toneladas por ano, mais as 800 mil toneladas produzidas somadas as 300 mil que estão paradas, teríamos o volume do consumo aparente para este ano, de 1,6 milhão de toneladas.”
Rego ressaltou, ainda, que a ABAL encomendou um estudo à Fundação Getulio Vargas (FGV) para mostrar como a indústria nacional do alumínio é exposta no mercado mundial.
“Qual a nossa competitividade no mundo. Vamos apresentar esse levantamento ao governo, pois, estamos trabalhando em conjunto para a abertura comercial e como isso pode acontecer no Brasil. Esse estudo é fundamental para mostrar que temos que ter ajustes nas políticas econômicas para reduzir assimetrias”, afirmou o dirigente. Esse levantamento será apresentado ao governo ainda em janeiro, segundo o presidente da ABAL.
Fonte: Valor Econômico
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/01/20/consumo-de-aluminio-recupera-nivel-de-2014.ghtml?