ABAL na Mídia: dólar alto afeta todos os setores da economia
Nos últimos dias, o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez uma série de declarações que sinalizaram que o dólar caro veio para ficar. Guedes disse que não está preocupado com a alta da moeda americana, destacou que o Brasil vive um “novo modelo de câmbio” e afirmou que a valorização do dólar é boa para todo mundo. O ministro não deixou espaço para dúvidas: o real depreciado é uma realidade que, por um bom tempo, não irá mudar.
Ontem, a moeda americana fechou cotada a R$ 4,32, abaixo do recorde registrado na quarta-feira (12), de R$ 4,35, mas muito acima das projeções feitas no início do ano por diversas instituições financeiras. Segundo especialistas, alguns fatores conjunturais explicam a escalada do dólar. Em tempos de incertezas (epidemia de coronavírus, guerra comercial entre Estados Unidos e China, risco de recessão global), os investidores buscam refúgio em moedas mais líquidas, como é o caso do dólar.
Outro aspecto que tem sido decisivo para a depreciação da moeda brasileira é a queda dos preços das commodities. No ano passado, os três produtos mais exportados pelo Brasil foram soja, minério de ferro e petróleo. Historicamente, as commodities respondem por 70% das exportações brasileiras, percentual que tem variado pouco nos últimos anos. Se os preços das commodities caem, os produtos nacionais acabam valendo menos e o real naturalmente se deprecia.
Melhorar a competitividade da economia brasileira está no centro das preocupações de líderes de diversos setores.
“Mais importante do que o dólar a R$ 4 ou R$ 4,30 é a indústria brasileira ter condições isonômicas de competição no mercado internacional”, diz Milton Rego, presidente-executivo da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). “A alta cambial, na verdade, traz falta de previsibilidade, o que sempre se traduz em custo: ou a empresa adota uma atitude conservadora em relação ao caixa, ou tem de fazer contratos para tentar se proteger da valorização da moeda americana.”
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Fonte: Estado de Minas