Essencialidade e agilidade: o apoio da indústria do alumínio ao Projeto Inspire
Situações de emergência demandam ações rápidas. Ainda mais na produção de um equipamento essencial ao tratamento das vítimas da Covid-19.
Foi assim que a ABAL, atendendo a um pedido do Projeto Inspire, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), disponibilizou, em menos de 24 horas, chapas de alumínio para serem usadas em componentes de um ventilador pulmonar mecânico de baixo custo desenvolvido pela Poli.
“Estamos muito confiantes de que o alumínio se mostrará uma solução eficaz para o ventilador, pois o material já é usado em diversos equipamentos médico-hospitalares, bem como em embalagens de remédios e até nas estruturas empregadas na montagem dos hospitais de campanha. A verdade é que o alumínio é cada vez mais essencial neste momento”, diz Milton Rego, presidente-executivo da ABAL.
As chapas para o ventilador foram cedidas pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA). Os ventiladores do Projeto Inspire estão em teste de operação. A expectativa é de que o modelo esteja pronto para ser produzido em escala industrial até o final de abril, quando já deverá ter o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Outro ponto importante é que a patente do aparelho é aberta, ou seja, qualquer empresa interessada poderá produzi-lo. Seu custo final unitário é estimado em R$ 1 mil – bem mais em conta do que o de aparelhos importados à venda no mercado, cujos preços começam em R$ 15 mil.
“O Brasil não dispõe até o momento de um número suficiente de ventiladores pulmonares a fim de enfrentar o pico da Covid-19, além de enfrentar dificuldades para a importação do equipamento”, explica Prof. Dr. Dario Gramorelli, do projeto . “Daí a relevância do Projeto Inspire”.