ABAL na Mídia: indústria de alumínio prevê que estoques voltem ao normal ainda em novembro
A indústria de alumínio espera normalizar os estoques até o final de novembro. A previsão foi enviada à coluna pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), após a notícia sobre o desabastecimento ter se agravado e ameaçar até mesmo a venda de bebidas para o final do ano.
A entidade diz que eventuais desabastecimentos são resultado de uma bolha de consumo e que ela foi inesperada ainda durante a pandemia. Ao mesmo tempo, as indústrias informam ter sido um desbalanceamento pontual e momentâneo de estoques ao longo da cadeia.
“Quase todos os produtos de alumínio são o fruto de cadeias de abastecimento longas, compostas por três ou quatro fornecedores em sequência. A partir do mês de março, todas as empresas da cadeia decidiram se desfazer dos estoques, priorizando a geração de caixa. Assim, diante da retomada de mercado, foi necessário um novo “set up” das linhas para atendimento da demanda. Agora, é questão de tempo – em geral, dois meses – para os estoques voltarem ao normal ao longo das cadeias”, diz o presidente-executivo da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), Milton Rego.
O presidente-executivo da ABAL afirma que o aumento de preço se deve ao dólar alto. Argumenta que é uma commodity com valor determinado pela Bolsa de Metais de Londres (LME).
“Em janeiro, a tonelada era cotada em US$ 1 .772 e, em setembro, em US$ 1 .745. No ano, o real se desvalorizou em mais de 30% em relação ao dólar, o que encareceu toda a cadeia do produto”, diz Rego.
Ele rebate a afirmação de que está faltando alumínio no mercado.
“Levantamentos da ABAL indicam que a produção de alumínio primário deve fechar 2020 com ligeira alta, ou, no mínimo, se manter estável em relação a 2019, quando foram produzidas 650 mil toneladas. Por outro lado, o consumo doméstico deverá ter uma queda de cerca de 7% na comparação com o ano passado”.
Fonte: Gaúcha ZH – Giane Guerra – 02/11/2020