ABAL na Mídia: consumo de alumínio no país pode alcançar 1,64 milhão de toneladas
O consumo aparente de alumínio no mercado brasileiro pode chegar a 1,64 milhão de toneladas este ano. Esse volume pode superar em 128 mil toneladas o melhor ano da história da indústria do metal, que foi em 2013 – oito anos atrás. Ante 2020, a alta será de 15,2%. As estimativas são da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL).
“É uma recuperação em relação ao ano passado, que apresentou queda anual de 4,2% em função da pandemia. Todos os segmentos vêm retomando o consumo. A indústria de embalagens, por exemplo, que é um dos nossos maiores clientes, deve apresentar alta de 6% a 8%”, disse Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL, ao Valor. “No primeiro semestre, já tivemos um mercado melhor, acima de 20%. Mas, acreditamos que haverá um ajuste no segundo semestre.”
No ano passado, segundo dados da entidade, o consumo aparente no mercado doméstico foi de 1,42 milhão de tonelada, o que representou queda de 4,2%. O recuo ocorreu, segundo Janaina, em função da pandemia.
O bom momento do mercado consumidor e as perspectivas de manutenção desse ritmo de crescimento, tem feito algumas empresas a retomar a produção de alumínio primário no Brasil. A Alcoa, por exemplo, anunciou, em setembro, a volta da operação da Alumar, no Maranhão.
Na época, o presidente da americana Alcoa no Brasil, Otavio Carvalheira, informou que a empresa poderá produzir 268 mil toneladas de metal primário no site e o volume será destinado ao mercado brasileiro.
“Nós vamos suprir o país, a nossa produção será vendida aos transformadores de alumínio. Esse é o planejamento inicial.”
A volta da produção da Alcoa na Alumar, por ora, é um caso isolado. A partir de 2015, em função da alta do custo da energia no país, foram fechadas 788 mil toneladas em capacidade instalada no país, segundo a ABAL. Desse volume, a entidade estimava que 450 mil toneladas poderiam retornar a operação.
Atualmente, a indústria do alumínio no país pode produzir 910 mil toneladas de metal primário – as duas grandes produtoras são a CBA, do grupo Votorantim, e a Albras, da Norsk Hydro.
“A volta da Alcoa representa cerca de 60% do volume que se via como possível de recuperar. O restante depende de decisões estratégicas das empresas e das condições dos equipamentos que foram desligados”, disse Janaina. “Em 2008, o Brasil era o quinto maior produtor mundial de alumínio primário. Hoje, estamos na 15ª posição. Acreditamos que com a retomada de algumas operações, poderemos ser autossuficientes na produção do metal.
Fonte: Valor Econômico
https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/11/11/consumo-de-aluminio-no-pais-pode-alcancar-164-milhao-de-toneladas.ghtml