Sustentabilidade do alumínio brasileiro é destaque em seminário internacional – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Sustentabilidade do alumínio brasileiro é destaque em seminário internacional

23 de fevereiro de 2022

 

Janaina Donas, presidente-executiva da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), participou na segunda-feira, 21, do seminário ‘Soluções para descarbonização do setor metalúrgico: oportunidades para empresas brasileiras e japonesas’, promovido pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, e pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil. No encontro, representantes de setores industriais dos dois países apresentaram iniciativas e projetos que contribuem para a diminuição das emissões dos gases de efeito estufa (GEE). O Japão, cuja economia depende em grande parte da importação de energia de combustíveis fósseis, tem metas ambiciosas de descarbonização até 2050.

Janaina apresentou a indústria brasileira do alumínio como catalisadora de ações sustentáveis, que tem na baixa pegada de carbono uma das suas vantagens competitivas. A presidente-executiva lembrou que o setor é o único no mundo a ter a sua cadeia de custódia inteiramente certificada para os padrões de governança, meio ambiente e responsabilidade social. O certificado é fornecido pela Aluminium Stewardship Iniciative (ASI).

“Todas as etapas produtivas – mineração da bauxita, refino, produção de alumínio primário, manufatura e reciclagem – são certificadas pela ASI”, ressaltou.

O alumínio brasileiro tem padrões sustentáveis de excelência. A proporção entre produção de alumínio primário e emissão de GEE, no caso brasileiro, é 4,6 vezes menor do que a média mundial. Na produção de alumina, insumo obtido por meio do refino da bauxita, o índice é 4,5 vezes menor. E mais da metade do alumínio consumido no país (54%) vem da reciclagem, porcentagem bem acima da média mundial (28%).

Janaina lembrou que a indústria brasileira do alumínio tem ações nos três principais pilarespara a descarbonização do setor. A etapa de fundição do metal é eletrointensiva e emprega fontes de energia renovável e/ou provenientes de matrizes diversificadas, o que contribui na baixa pegada de CO2 do produto.

O setor vem promovendo também a transição energética de caldeiras, antes alimentadas por combustíveis fósseis, por soluções mais verdes, como a biomassa. E há um esforço coordenado entre indústria e governo, a fim de intensificar e fortalecer ainda mais a reciclagem de alumínio no país. O Brasil está entre as nações que mais reciclam latas de alumínio, com índices de recuperação dessas embalagens acima de 96% nos últimos dez anos