Depois de obtida a consolidação dos sólidos, a revegetação da superfície permite a reintegração das áreas ao meio ambiente da região.
Na etapa primária de beneficiamento da bauxita, o único rejeito proveniente da lavagem do minério é a argila, sem qualquer aditivo químico. Nesses depósitos, o rejeito é adensado (compactado) e parte da água recuperada é reaproveitada no processo, o que reduz o risco de vazamento nas barragens.
Com o tempo, essa argila sedimenta e seca no reservatório. A água residual vai sendo eliminada até que haja condições para o replantio de vegetação sobre o antigo depósito, o que possibilita a reintegração da área ao meio ambiente.
Nessa fase do processo, a alumina, além de ser insumo para a obtenção do alumínio primário, tem diversas aplicações, como por exemplo, para a fabricação de materiais refratários, tratamento de água, uso em produtos abrasivos e para polimento, como retardante de chamas, na fabricação de velas de ignição, entre outros.
A obtenção do alumínio ocorre pela redução da alumina calcinada em cubas eletrolíticas, a altas temperaturas, no processo conhecido como Hall-Héroult. São necessárias duas toneladas de alumina para produzir uma tonelada de metal primário pelo processo de Redução.
Na etapa de transformação da bauxita em alumina, que acontece nas refinarias, os resíduos decorrentes são direcionados para as Áreas de Disposição do Resíduo de Bauxita (ADRB), que são licenciadas pelos órgãos ambientais, projetadas e construídas para atender os melhores padrões de segurança da indústria. Nesse caso, após sucessivas lavagens e filtragens no interior da refinaria, a água depositada nas ADRB – ainda com traços de alcalinidade – também volta para o processo.
É importante frisar que nos dois tipos de depósitos, a quantidade de água acumulada aumenta os riscos de vazamento nas barragens. Por essa razão, além de reaproveitar a água no processo, as empresas adotam práticas de estocagem e de operação que buscam o maior adensamento dos rejeitos (redução da umidade), tais como o uso de filtros-prensa, espessadores e o empilhamento a seco (dry stacking).
Depois de obtida a consolidação dos sólidos, a revegetação da superfície permite a reintegração das áreas ao meio ambiente da região.