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ABAL na Mídia: empresas da indústria do alumínio produzem a própria energia no país

9 de setembro de 2021

 

Agência Estado – 08/09/2021

Com a possibilidade de agravamento da crise hídrica, a autogeração de energia é uma medida de segurança e de garantia de preços menores. Quem não produz energia própria compra o insumo no mercado livre, que nem sempre tem preços atraentes. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), cerca de 1.600 empresas no País produzem a sua própria energia. No caso dos consumidores livres, aqueles que têm uma demanda mínima de 1,5 MW e podem contratar tanto energia convencional (hidrelétricas e termelétricas) quanto energia incentivada (fontes renováveis de energia como eólica, solar, biomassa e PCH), o número chega a 8.600.

A autogeração e a diversificação da matriz energética têm sido, desde a crise de 2001, uma maneira da indústria se precaver. No caso da indústria de alumínio, as empresas participaram de leilões de concessões de energia elétrica nas regiões Norte, Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que resultaram no aumento da participação de geração própria. Segundo a Associação Brasileira de Alumínio (ABAL), esses investimentos foram importantes para o abastecimento do setor e o incremento da oferta de energia no país.

A indústria de alumínio também avançou em novas fontes renováveis, como eólica, fotovoltaica e de biomassa. Exemplos recentes são os investimentos anunciados em parques eólicos em Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

O setor aumentou também a utilização de metal reciclado. Hoje, do total de alumínio consumido no país, 56% vêm de reciclagem, que consome 5% da energia necessária à produção do alumínio primário.

“Energia é um insumo vital para a indústria do alumínio. Na parte da operação, interrupções de energia por mais de três horas podem comprometer o funcionamento de um forno, por exemplo, ocasionando manutenção e, consequentemente, a paralisação da produção”, diz a ABAL.

Em um desligamento planejado, pode-se levar até uma semana para ajustes e resfriamento de um forno. No caminho inverso, a operação de religada pode consumir um mês, ou mais. O custo da operação pode inviabilizar o negócio.

O preço médio da energia elétrica para a indústria do alumínio no país subiu 220%, entre 2001 e 2019, em dólar por MWh. Segundo a ABAL, o Brasil tem a energia elétrica para fins industriais mais cara entre todos os grandes produtores de alumínio no mundo, o que vem paulatinamente comprometendo a competitividade do setor.