CBA desenvolve projeto de monitoramento da água em áreas de mineração em MG – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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CBA desenvolve projeto de monitoramento da água em áreas de mineração em MG

24 de abril de 2023

 

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), instituição de referência em ensino e pesquisa na temática ambiental associada à produção no campo, conduz o Programa de Estudos Hidrológicos em áreas de mineração na região da Zona da Mata Mineira. As pesquisas envolvem o monitoramento de nascentes locais, a fim de avaliar a influência da atividade minerária na qualidade e quantidade de água disponível e no escoamento da água sobre o solo.

Os resultados indicam que a empresa desenvolve uma mineração que contribui positivamente para os processos hidrológicos da região, conforme foi avaliado no escoamento da água sobre o solo, antes e depois da mineração. Já no seu oitavo ano de monitoramento, as pesquisas científicas seguem indicando uma redução significativa do escoamento superficial da água de chuva, favorecendo de forma relevante a sua infiltração no solo.

De acordo com os resultados, a média de capacidade de infiltração é de 309 mm/h em áreas reabilitadas pós-mineração e de 148 mm/h em áreas não mineradas. Com relação à repelência em áreas reabilitadas, a média foi de 1,5%, enquanto em áreas não mineradas a repelência média foi de 6,2%. Os dados mostram que há um ganho de infiltração de água no solo e redução de repelência nas áreas reabilitadas pós-mineração. A repelência à água é o fenômeno em que os solos resistem ao umedecimento. Em síntese, a mineração, em função de seus processos de aeração do solo e adubação verde e orgânica, vem contribuindo com o aumento da capacidade de umedecimento do solo em mais de 400%.

O professor do departamento de Engenharia Florestal da UFV, Herly Carlos Teixeira Dias, ressalta os benefícios dos estudos de nascentes para a região.

“Importante reforçar que os primeiros resultados já indicam que existe uma grande variação da vazão ao longo do ano, de acordo com o uso do solo atual, sem o processo de mineração. Porém, como já verificamos que com a mineração o solo fica mais poroso, há uma clara sinalização de que as vazões nas mesmas nascentes, pós-mineração, sejam mais regulares, o que torna as nascentes mais produtivas. Ou seja, a atividade favorece a recarga de água no solo dos mananciais”, analisa.

A partir das observações, CBA e UFV levam aos proprietários rurais as informações sobre os cuidados com a produção agrícola, a importância da preservação das nascentes e os benefícios do processo de reabilitação ambiental das áreas mineradas.

“Os resultados reforçam que a atividade minerária é feita de forma responsável e sustentável. Trabalhamos em conjunto com a UFV, deixando um legado positivo para as comunidades onde atuamos e também para a ciência, com publicações abertas que vêm servindo como referência para o setor mineral e ambiental”, destaca o gerente das Unidades da CBA na Zona da Mata Mineira, Christian Fonseca de Andrade.