No dia 01 de janeiro teve início o terceiro mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a cerimônia de posse do Chefe do Poder Executivo e a transmissão de cargo de alguns dos 37 ministros que comporão o novo governo.
Dentre os ministros nomeados, destaque para aqueles que chefiarão pastas essenciais para a competitividade da indústria brasileira do alumínio, a exemplo do Ministério da Indústria e Comércio, recriado pela atual gestão, e que será comandado pelo Vice-Presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB). Sua indicação é vista como estratégica devido ao prestígio e bom relacionamento com o empresariado.
Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, tomou posse como ministro da Fazenda, destacando como prioridades o estabelecimento de uma nova regra fiscal, a promoção de uma reforma tributária e a retomada de acordos internacionais.
O Senador Alexandre Silveira (PSD/MG) comandará o de Minas e Energia, e já anunciou que deve criar uma Secretaria de Transição Energética, dedicada a estruturar políticas públicas com a meta de tornar o Brasil líder mundial em energia limpa.
Marina Silva (Rede/AC), à frente do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, anunciou a criação de novas secretarias e a retomada de medidas essenciais para a proteção das florestas, da biodiversidade e do desenvolvimento com sustentabilidade econômica, social e cultural.
O Chanceler Mauro Vieira foi nomeado Ministro das Relações Exteriores, cargo que já ocupou entre 2015 e 2016 durante o governo Dilma Rousseff. Diplomata de carreira, o Ministro esteve à frente importantes postos no exterior, como a embaixada do Brasil na Argentina, em Washington, na Croácia, além da representação brasileira nas Nações Unidas, em Nova York. Nas primeiras declarações, Mauro Vieira sinalizou a retomada de relações diplomáticas com a Venezuela, o retorno a mecanismos de integração regional, como a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Comunidade do Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
O ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB/MA), assumiu o Ministério da Justiça e Segurança Pública elencando como prioridades à promoção da justiça social, por meio da proteção de minorias, harmonia entre poderes, combate a crimes ambientais e controle sobre armas.
A indígena,Sônia Guajajara (Psol/MA) é a nova ministra dos Povos Originários. Maranhense. Ela é coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Em 2022, integrou a lista das 100 pessoas mais influentes da Time, revista publicada nos Estados Unidos.
O presidente eleito também anunciou os líderes do governo no Senado, na Câmara dos Deputados e no Congresso Nacional. Serão eles: Jaques Wagner (PT-BA), José Guimarães (PT-CE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), respectivamente.
Os cargos de 2º e 3º escalão, assim como a presidência de autarquias e estatais, deverão ser anunciados nos próximos dias, na medida em que as negociações com partidos aliados que compõem a base do governo evoluem.
Com a conclusão da indicação do 1º escalão, Lula consolidou a hegemonia do PT em sua nova gestão, que contará com 10 ministérios. MDB, PSB e PSD contarão com três pastas cada, enquanto PDT e União Brasil receberam dois ministérios e Rede, Psol e PCdoB um ministério, cada.
Veja a lista completa de ministérios e suas lideranças:
Na Presidência da República:
Na Esplanada dos Ministérios: