Índice de reciclagem de latas de alumínio para bebidas atinge mais de 95% nos últimos 15 anos – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Índice de reciclagem de latas de alumínio para bebidas atinge mais de 95% nos últimos 15 anos

2 de junho de 2023

 

O Brasil reciclou nos últimos 15 anos mais de 95% das latas de alumínio para bebidas. Em 2022 a média foi equivalente a um volume de 390,2 mil toneladas de alumínio.

O índice é resultado de uma apuração feita pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) do volume de latas coletadas e recicladas e do volume de latas vendidas levantado pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas).

“Este resultado consolida a posição do alumínio como uma solução mais vantajosa em matéria de sustentabilidade e economia circular. O protagonismo da indústria brasileira do alumínio na cadeia de reciclagem de latas para bebidas é resultado direto da aposta feita pelo setor nos últimos anos, na realização de investimentos para ampliação do número de centros de coletas, e na modernização das fábricas de reciclagem. Também contribui para esse resultado, o valor social e a importância estratégica da cadeia reciclagem de alumínio, e o fato de contarmos com um sistema de logística reversa que privilegia a cooperação entre governo, indústria, a sociedade e as cooperativas de catadores”, afirma Janaina Donas, presidente-executiva da ABAL. Considerando que, em 2022, o volume de vendas de latas apresentou queda maior do que o volume coletado, este resultado indica um provável aumento do consumo de estoque na cadeia.

“O importante a ser destacado nesse cenário é que a indústria brasileira do alumínio tem pronta capacidade, tanto de reciclagem quanto de produção de chapas de alumínio para atender às necessidades do mercado nacional”, destaca Janaina Donas.

Benefícios da reciclagem de alumínio e desafios para maior competitividade.

O alumínio é um metal que pode ser infinitamente reciclável e o ciclo de vida útil da lata, de 60 dias, são fatores que também contribuem para o sucesso do case de reciclagem das latinhas de alumínio. Além do valor econômico e social gerado pela reciclagem que injeta aproximadamente R$6 bilhões anualmente na economia, contribuindo na geração de trabalho e renda para mais de 800 mil catadores, há um expressivo ganho ambiental em termos de gestão de recursos e de redução de emissões. O processo de reciclagem do alumínio reduz em 95% as emissões de gás de efeito estufa (GEE) e o consumo da energia elétrica em relação ao alumínio primário.

Além do índice de reciclagem de latas de alumínio para bebidas, o percentual de recuperação da sucata no Brasil (55,4%) também se encontra entre os mais altos do mundo. No entanto, Janaina destaca que “ainda existem fronteiras a serem exploradas, para o pleno aproveitamento das vantagens e benefícios proporcionados pela reciclagem de alumínio, que tem desempenhado papel cada vez mais estratégico na cadeia de suprimento”.

O Brasil ainda precisa avançar em discussões para ampliar a atividade com a implementação de instrumentos de fomento que não produzam distorções no mercado, que incentivem a rastreabilidade e promovam a redução da informalidade e o acesso ao metal de fonte secundária. Existem ainda desafios associados à disponibilidade e a reciclagem de produtos com vida útil esgotada, a exemplo dos produtos extrudados e bens de consumo, assim como a superação de desafios tecnológicos e de escala para ampliar a coleta e seleção de produtos multimateriais.

 

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