As vendas de alumínio já foram afetadas, em junho, pelo desaquecimento da demanda decorrente tanto do racionamento de energia elétrica quanto da expectativa de como os cortes de energia irão influenciar o desempenho dos principais segmentos consumidores. Em alguns desses segmentos a retração da demanda está sendo tão sentida que já estão concedendo férias coletivas aos funcionários, como é o caso das montadoras, dos fabricantes de autopeças e de eletrodomésticos e eletroeletrônicos – todos importantes consumidores de alumínio. Alguns estão mesmo iniciando planos de demissão, voluntária ou não. Os dados da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) confirmam esse impacto: as vendas de alumínio primário à indústria transformadora brasileira atingiram, em junho, um volume de 21,8 mil toneladas, apresentando queda de 13,8% em relação ao mês de maio, quando foram comercializadas 25,3 mil toneladas. No primeiro semestre de 2001, as vendas de alumínio primário para a indústria transformadora registraram crescimento de 29,9% em relação ao mesmo período de 2000, totalizando 143,6 mil toneladas.
Os efeitos do racionamento de energia nas regiões Sudeste e Nordeste já podem ser medidos pelos níveis de produção de alumínio primário em junho, que registraram 97,6 mil toneladas, apresentando queda de 10,3% em relação às 108,8 mil toneladas produzidas em maio. Com relação a junho de 2000, a queda foi de 6,5%. No primeiro semestre, a produção totalizou 624,3 mil toneladas, indicando queda de 1,0% sobre igual período do ano passado. Em julho, deverá ser agregado a esses valores o impacto do racionamento na região Norte, que irá afetar a produção da Albras (Pará) e Alumar (Maranhão). Anexos: Vendas de alumínio primário para a indústria transformadora Producão Brasileira de alumínio primário