Desempenho Socioambiental
As empresas de alumínio no Brasil não se limitam a cumprir as legislações e normatizações em vigor, mais que isso, se antecipam às necessidades econômicas, ambientais e sociais do entorno onde estão instaladas. Promovem a restauração de áreas mineradas, destinam da melhor forma seus resíduos gerados, trabalham incessantemente na redução das emissões atmosféricas e na eficiência energética de seus processos, além de ampliarem, de forma contínua, o alcance de suas ações nas comunidades.
Veja alguns exemplos de algumas ações socioambientais da indústria do alumínio.
A indústria de mineração promove o uso temporário da terra, devolvendo-a recuperada, com a utilização de técnicas de manejo, essenciais para o solo após a lavra. As áreas de extração da bauxita se beneficiam do processo de reabilitação da fauna e flora nativas. As empresas desenvolvem programas próprios de plantios, com viveiros de produção de mudas, para recuperar ao máximo a biodiversidade de cada região onde a unidade fabril está instalada.
Cada tonelada de alumina produzida gera entre 700 kg e 900 kg de resíduos de bauxita. Esse resíduo se apresenta sob a forma de uma polpa alcalina com partículas sólidas e exige cuidados na sua disposição para evitar contaminação de águas superficiais e subterrâneas.
As áreas destinadas à disposição desses resíduos são previamente impermeabilizadas com camadas de argila e PVC e contêm sistemas de drenagem no fundo e superficial para lançar ao meio ambiente a água já neutralizada. Depois de toda água neutralizada ter sido despejada e só sobrar material sólido inerte, as áreas são reabilitadas com vegetação nativa e recebem monitoramento subterrâneo e superficial frequentes.
A indústria também busca possibilidades de aproveitamento do resíduo da bauxita como matéria-prima para outras atividades. O resíduo já é utilizado na indústria de cimento e seu aproveitamento na indústria cerâmica, para a produção de tijolos e telhas.
Já existe tecnologia para a reciclagem dos resíduos gerados no processo produtivo, tanto no de alumínio primário quanto na produção secundária. Resíduos dos calcinadores de plantas de alumínio primário servem para a indústria de refratários; o revestimento gasto de cubas eletrolíticas serve de matéria-prima para a indústria de cerâmica e matéria-prima e fundente na fabricação de cimento. Resíduos de carbono também são utilizados como combustíveis para os fornos das indústrias cimenteiras.
A produção de metal secundário gera escórias conhecidas como borra preta, com altos teores de sais e óxido de alumínio e um pequeno percentual de alumínio metálico. O reaproveitamento dessa escória para extrair o alumínio contido ainda gera um residual. Esse resíduo pode ser tratado, ainda podendo ser recuperado o sal.
Para a indústria brasileira do alumínio a água é um insumo estratégico que deve ser gerenciado de forma competente. Por essa razão, a ABAL está recomendando às empresas do setor uma metodologia de controle do uso dos recursos hídricos, de tal forma que, depois de implantada a ferramenta para aferição, será possível trocar experiências, a fim de melhorar a eficiência e o aproveitamento da água nos processos produtivos.
A metodologia recomendada pela ABAL tem bastante aderência ao setor de alumínio e foi desenvolvida pelo Minerals Council of Australia (MCA), em conjunto com Sustainable Minerals Institute of the University of Queensland. O modelo consolida conceitos e métricas importantes como retirada, perda, consumo, reutilização e eficiência operacional de uma determinada unidade produtiva, além permitir a avaliação dos dados e o estabelecimento de metas de melhoria no controle e medição.
Clique sobre o texto para baixar o detalhamento em português do modelo adaptado da MCA, que inclui as planilhas para aferição da água.
Para a ABAL, conhecer os caminhos da água em sua indústria, de forma a subsidiar estratégias para a utilização racional desse recurso, certamente agregará mais vantagens comparativas à sustentabilidade dos produtos da cadeia do alumínio brasileiro.
A energia elétrica constitui-se no principal insumo da indústria de alumínio primário, etapa em que produção do metal é eletrointensiva. Nas demais etapas da cadeia produtiva o consumo de energia elétrica é baixo, comparável a qualquer processo industrial.
E para que a utilização intensiva dessa eletricidade cause o menor impacto possível à sociedade, a indústria do alumínio mundial se preocupa em melhorar a eficiência energética de seus processos.
Outra forma da indústria do alumínio contribuir para o menor consumo de energia elétrica em seus processos é aumentando a participação do alumínio secundário – proveniente da sucata – no suprimento de metal para a cadeia transformadora. A produção de alumínio secundário consome apenas 5% de energia elétrica quando comparada ao processo de redução para obter alumínio primário.
No campo social, a indústria do alumínio pratica a responsabilidade corporativa, promovendo mais qualidade de vida para seus funcionários, além de treinamento e desenvolvimento profissional. Mais de 450 mil pessoas dependem desta indústria, que emprega acima de 200 mil trabalhadores de forma direta e indireta, além de outras 250 mil pessoas envolvidas com a reciclagem.
A contínua valorização de seus colaboradores e o comprometimento com o desenvolvimento das comunidades próximas às suas plantas são valores integrados à forma como esta indústria opera, investe e faz negócios. A indústria promove a qualidade de vida de sua força de trabalho e da sociedade em geral, por meio de ações e políticas de grande valor para as comunidades em que está presente.