ABAL se posiciona contra os subsídios em energia elétrica – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
Acesse a área do associado Fale Conosco
← voltar para Banco de Notícias

ABAL se posiciona contra os subsídios em energia elétrica

19 de fevereiro de 2019

A ABAL, em conjunto com 14 entidades setoriais de relevância do País, se posiciona contra o Projeto de Decreto Legislativo 7/2019 que suspende os efeitos do Decreto 9.642/18. Na prática, o texto assinado pelo ex-presidente Michel Temer ao final de 2018 reduziria em 20% ao ano, a partir de 2019, os descontos cumulativos sobre a tarifa básica de energia no campo.

A ABAL segue atenta às questões que impactam diretamente os negócios das nossas empresas associadas e toda a indústria do alumínio.

Confira, abaixo, a íntegra da carta assinada pela ABAL e demais entidades:

ENERGIA ELÉTRICA

Subsídios na conta de energia penalizam consumidores

Hoje, praticamente a metade do que se paga nas contas de energia no Brasil são subsídios, taxas, encargos e impostos. Essa distorção é sentida pelos brasileiros em cada residência, pequeno comércio, padarias, escolas, hospitais e também, em grande escala, afeta a produção e o emprego. A reversão dessa situação é fundamental para a retomada da economia, a recuperação de empregos e a atração de investimentos para o país.

O problema dos subsídios na tarifa de energia já era reconhecido pelo governo passado. Está na agenda do atual governo, da Aneel, tem eco no Congresso Nacional e é apontado como grave pelos órgãos de controle e fiscalização, como o Tribunal de Contas da União (TCU).

No final do ano passado, após longa discussão com a sociedade, audiências públicas e seguindo recomendações de grupos técnicos no governo, foi editado o Decreto 9.616/18, que determina a redução gradual de alguns dos subsídios da conta de energia, criados há mais de 15 anos e sem base legal. À época em que foram criados, esses descontos tarifários tinham justificativas circunstanciais, que não guardam relação com a economia brasileira na atualidade.

Há anos, esses subsídios vêm sendo praticados sem que haja nenhuma avaliação sobre o mérito dos seus benefícios. Um exemplo latente é o caso de consumidores de energia elétrica que vivem em regiões sem saneamento básico e são obrigados a subsidiar esse serviço prestado a consumidores em grandes cidades.

Os efeitos desse custo para toda a sociedade não se justificam.

Por se tratarem de políticas públicas e de incentivos que decorrem de decisões de governo, não é justo que os consumidores de energia elétrica arquem com esse custo – e ainda paguem impostos sobre eles.

Esses subsídios cobrados na proporção da energia consumida por cada unidade, oneram desproporcionalmente as bases das cadeias produtivas nacionais e chegam aos consumidores finais multiplicados por margens e impostos pagos por todas a cadeias da produção.

A proposta de cancelar esse importante avanço para a economia brasileira e o setor de energia é um retrocesso e uma sinalização ruim em um momento em que o Brasil busca reposicionar sua economia para promover o desenvolvimento e a modernização do país.

As associações signatárias deste documento pedem que representantes da sociedade rejeitem Projeto de Decreto Legislativo 7/2019, em consideração às consequências danosas aos consumidores de energia e seu efeito negativo em cascata sobre toda a economia.

ABAL – Associação Brasileira do Alumínio

ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica

Abiclor – Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados

Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química

Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção

Abividro – Associação Brasileira das Indústrias de Vidro

Abrace – Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia

Abraceel – Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia

Abradee – Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica

Abrafe – Associação Brasileira dos Produtores de Ferroligas e Silício Metálico

Abraget – Associação Brasileira Geradoras Termelétricas

Anfacer – Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica

Aspacer – Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento

Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor

Iabr – Instituto Aço Brasil