Mudanças Climáticas
A emergência da questão das mudanças climáticas traz diversos desdobramentos para a indústria, seja com relação aos aspectos regulatórios, econômicos, de competitividade, dentre outros. No caso da indústria brasileira de alumínio, os anos recentes foram marcados por um entendimento maior do tema e clareza relativa às vantagens comparativas da nossa indústria.
Esse olhar estratégico mobiliza uma intensa cooperação com o governo e outras associações para o estabelecimento de diretrizes que contribuam para uma trajetória com menor emissão de gases de efeito estufa, e com maiores níveis de eficiência e competividade.
O estudo das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na cadeia de valor do alumínio brasileiro – da mineração à reciclagem –, realizado pela ABAL em 2010, já indicava que a pegada de carbono do alumínio brasileiro é menos da metade da média mundial.
As emissões de CO2 concentram-se prioritariamente nos processos de produção de alumínio primário e alumina, que juntos têm cerca de 90% do total, incluindo as emissões diretas de processo e as indiretas (inclui transporte e energia).
Por causa dessa vantagem comparativa – obtida principalmente devido à matriz elétrica de base essencialmente hídrica, limpa e renovável, e tecnologia de processo de classe mundial e taxas de reciclagem elevadas – a indústria observa com preocupação o crescimento das importações de produtos acabados de alumínio. Importante frisar que cada tonelada de produto acabado de alumínio que entra no mercado brasileiro e que não é produzida aqui, representa 5,3 toneladas de CO2eq de emissões adicionais.
As indústrias associadas a ABAL apresentam progressos significativos de eficiência e redução de emissões no processo de produção de alumínio primário. De 1990 a 2010, enquanto a produção aumentou 67%, as emissões de CO2 elevaram 62% e as emissões dos perfluorcarbonos (PFCs) tiveram queda de cerca de 57%.
Redução das emissões no processo de produção do alumínio primário
1990 | 2010 | 2010 / 1990 |
Produção Alumínio Primário (ton) | 920.873 | 1.536,100 | 67% |
CO2 (ton) | 1.574,095 | 2.545,304 | 62% |
CF4 (ton) | 302 | 129 | -57% |
C2F4 (ton) | 26 | 11 | -58% |
Sempre preocupada em desenvolver soluções sustentáveis, a indústria do Alumínio, representada pela ABAL, está constantemente realizando estudos e desenvolvendo projetos para tornar a cadeia do metal cada vez mais competitiva. Com este objetivo, foram elaborados, pelo Comitê de Sustentabilidade da ABAL, fascículos sobre a indústria do alumínio no que tange a sustentabilidade econômica, social e ambiental. O documento, que pode ser visualizado abaixo, foi apresentado à sociedade no evento CNI Sustentabilidade 2017 e expõe as práticas sustentáveis das empresas do setor.