Alcoa Juruti comemora um ano do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Alcoa Juruti comemora um ano do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres

22 de junho de 2021

 

Com um olhar para o futuro das próximas gerações, a Alcoa trabalha com um modelo de mineração integrada à comunidade. Neste contexto, a empresa mantém há um ano o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), que integra um moderno sistema de gestão e conservação da fauna na área de operação e contribui para estabelecer um legado sustentável da companhia à população de Juruti (PA).

O CRAS, unidade especializada para o atendimento e recuperação de animais silvestres de pequeno, médio e grande porte, dispõe de centro cirúrgico e área para tratamento neonatal. Nesse primeiro ano, foram atendidos 492 animais, entre aves, répteis, mamíferos e anfíbios.

“Temos uma ocorrência maior de atendimento aos répteis, devido a sua distribuição. Atendemos animais oriundos da área de lavra, de beneficiamento e animais que são vítimas de atropelamento tanto na rodovia e ferrovia. Os répteis sempre estão à frente devido ao hábito em se aquecer em locais onde há grande movimentação de veículos”, explica a médica veterinária Rafaelle Santos, responsável pelo gerenciamento da unidade.

Para realizar um atendimento qualificado, a estrutura da unidade consiste em: sala de registro e controle, sala de higienização geral, ambulatório para triagem, centro cirúrgico, para realização de procedimentos de baixa e média complexidade, farmácia, 12 recintos, sala de nutrição, sala de necrópsia uma ambiente específico sob cuidados especiais, destinada aos animais, que, por exemplo, precisam receber medicação com maior frequência ou que necessitam ser manipulados.

“Temos uma equipe de oito colaboradores, sendo quatro médicas veterinárias e quatro auxiliares. São duas pessoas por turno e funcionamos 24 horas”, ressalta Rafaelle Santos.

Parceria com universidades

Além de cuidar dos atendimentos, o CRAS desenvolve parcerias com universidades para pesquisas científicas.

“Essa parceria surgiu da necessidade que as universidades possuem de conhecer a população faunística local. Cada mesorregião possui suas particularidades, então as instituições de ensino superior e pesquisa fazem parcerias com empresas que executam esse tipo de atividade, com resgate de fauna para receber esses animais. Temos parceria com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)”, informa a veterinária.

A partir de triagem, que considera as condições anatômicas dos animais que chegam ao CRAS sem vida, a equipe define os critérios para realizar o processo de cessão às universidades para fins científicos. A UFOPA, por exemplo, manifestou interesse em receber répteis e anfíbios. Os outros grupos faunísticos são destinados à UFRA. Assim que chegam, esses animais são incorporados ao museu de zoologia da instituição e passam a fazer parte do acervo de tombamento científico, para a realização de estudos anatômicos, estudos fisiológicos e de necropsia.

“Esse procedimento permite que informações desses animais sejam incorporadas às publicações científicas dos pesquisadores. Eles ficam disponíveis para qualquer pesquisador que tenha interesse em acessar esses animais”, finaliza Rafaelle.