Prolind Alumínio conclui coorientação de trabalho acadêmico em projeto criado pela ABAL
O Projeto ELO, idealizado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), busca aproximar a indústria das universidades para disseminar o conhecimento sobre o metal. O trabalho é desenvolvido a partir da coorientação empresarial de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) ou Iniciação Científica (IC) na graduação em Engenharia em universidades de todo o país.
A Prolind Alumínio, que emprega 240 funcionários diretos e indiretos em São José dos Campos (SP), é uma das empresas que concluíram a coorientação de um estudo que avaliou a influência do lubrificante na superfície de perfis anodizados de alumínio durante o corte.
“Tínhamos dúvidas se o uso de fluido de corte agrediria a camada anódica do produto”, comenta Michel Domingues da Silva, analista de processos que coordena o trabalho do Projeto ELO na empresa.
Com a conclusão da monografia, foi possível verificar que não houve o aparecimento de manchas na superfície da peça.
“Foram realizadas várias análises tanto macro quanto micro do produto e da camada de anodização. O ponto que nos surpreendeu foram as indicações de possíveis melhorias no processo anterior de extrusão e na fase de corte de matéria-prima.”
Leonardo Côrrea Branco, aluno do curso de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em São José dos Campos, é o autor do TCC com coorientação da Prolind Alumínio.
A ABAL forneceu materiais técnicos para o desenvolvimento do trabalho e a Prolind Alumínio disponibilizou as amostras e o óleo mineral para testes no laboratório da Unifesp.
“O alumínio anodizado tem algumas particularidades. Como a aplicação do produto é no acabamento de elevadores, qualquer tipo de mancha ou risco é considerado um defeito”, explica Branco.
Daniele Reis, docente orientadora pela Unifesp, explica que a parceria com a ABAL começou há alguns anos com o Projeto Alumínio nas Escolas.
“Em 2020, a entidade entrou em contato com a proposta do Projeto ELO, de uma interação mais ativa entre a universidade e a indústria, e ficamos abertos porque é muito importante para a formação do aluno ter essa vivência de uma problemática real do setor”, afirma.
Acesse aqui e leia o TCC na íntegra.
Como funciona o Projeto ELO
A ABAL mapeia as plantas industriais de suas associadas, suas demandas e as instituições de ensino interessadas em fazer parte da iniciativa.
A partir daí, a entidade faz a intermediação – levando em conta as temáticas sugeridas pelas empresas – entre indústrias e universidades, que por sua vez, buscam alunos interessados em desenvolver estudos sobre o alumínio aderentes às propostas.
Feitas as conexões, a empresa indica um profissional para coorientar o trabalho e, se possível, oferece ao aluno a oportunidade de uma visita técnica à sua planta, materiais e espaço laboratorial para a realização de pesquisas e ensaios.
O aluno deve estar regularmente matriculado em um curso de engenharia e possuir um professor orientador da instituição de ensino. O docente tem o papel de garantir o comprometimento com o desenvolvimento do trabalho e aprovar uma metodologia aderente à realidade da empresa.
Benefícios para todos
Este relacionamento gera benefícios para ambas as partes. Para as empresas, há o impacto social, contribuição na formação e capacitação de futuros profissionais, geração de conhecimento e apoio acadêmico na resolução de demandas internas. Já para a universidade, existe o desenvolvimento de pesquisa aplicada, familiarização dos alunos com o ambiente corporativo, visibilidade e aumento na empregabilidade, atualização curricular aos assuntos do mercado e o relacionamento com empresas e especialistas.
Desta forma, o Projeto ELO possibilita a ampliação da geração de trabalhos acadêmicos e a formação de multiplicadores de conhecimento em temas diversos relacionados ao alumínio.
Em 2022, foram iniciados três novos projetos, sendo dois em parceria com a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e um em parceria com a Novelis e a Universidade Federal Fluminense (UFF).
Fonte: Portal Revista Alumínio