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Mercoex critica restrições argentinas e admissão da Venezuela

22 de agosto de 2012

AEB faz duras críticas ao Mercosul na abertura do encontro

 

Como nos anos anteriores, a Câmara de Exportadores da República Argentina (CERA) promoveu – no último dia 8 de agosto – o “Dia de la Exportación” na parte da manhã e a reunião do Conselho de Comércio Exterior do Mercosul (MERCOEX na parte da tarde.

Na primeira parte, o presidente da CERA, Enrique Mantilla, centrou seu discurso de abertura em breve análise da crise mundial, no pedido de medidas do governo para combater a inflação no país e em promover instrumentos financeiros de médio prazo para debelar a escassez de dólares. Solicitou a adoção de políticas que promovam a estabilidade dos preços compatíveis com o crescimento sustentável da economia, para retirar o país do subdesenvolvimento financeiro em que se encontra. Reclamou, ademais, da falta de projetos de investimentos que possam ser respaldados por diligentes regulamentações visando sanar o grande atraso existente em áreas críticas. Chamou a atenção o fato do Ministro da Economia, Hernán Lorenzino, ter cancelado sua participação dez minutos antes do início do evento.

Analistas chamaram atenção ao fato de o governo não se preocupar com a crescente deterioração das exportações do país no corrente ano, em parte fruto das medidas de contenção das importações e também pelas retenções fiscais que incidem sobre as mesmas. A Argentina tem sérios problemas de competitividade que excedem os problemas cambiais e trabalha com níveis aquém da capacidade instalada que dificultam o aumento da oferta exportável. Além disso, assinalaram que o governo tem conflitos comercias com cerca de cinqüenta países. Ao final do encontro, especulava-se que o Secretário de Comércio Interior do Ministério da Economia, Guillermo Moreno, poderia deixar o cargo brevemente, o que até o momento carece de confirmação.

Mercoex
Na parte da tarde foi realizada mais uma reunião do Conselho de Comércio Exterior do Mercosul – Mercoex, coordenada pela Diretora de Relações Internacionais e Técnicas da CERA , Maria del Rosario Solari. Coube a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) fazer a abertura dos trabalhos, com um relato sobre a atual situação do Mercosul.

A associação criticou o atual momento do bloco, debilitado por recorrentes restrições ao livre comércio entre os sócios e à abertura de mercado com novos parceiros. As críticas também se estenderam à atuação “desestimulante” do MERCOSUL para o setor empresarial, no que tange ao desenvolvimento de novos negócios, atração de investimentos, integração seletiva de cadeias produtivas regionais e na busca de maior produtividade com inovação tecnológica.

Em seguida o presidente do Centro de Importadores do Paraguai (CIP), Engenheiro Max Haber, expôs o ponto de vista da entidade sobre o episódio da suspensão temporária do Paraguai do MERCOSUL, lamentando que depois da reunião de cúpula de Mendoza (ARG), o acesso de produtos paraguaios ao mercado argentino piorou ainda mais frente aos entraves criados por aquele governo.

A seguir, o novo presidente da União de Exportadores do Uruguai, Álvaro Queijo, também reclamou dos excessos restritivos que o governo argentino está impondo às exportações dos demais sócios, particularmente aos produtos uruguaios. Os presidentes das referidas entidades condenaram de forma uníssona, a forma com a Venezuela foi admitida no Mercosul.

Mauro Laviola – diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB)

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