Belém do Pará reúne especialistas da indústria do alumínio
Realizado pela primeira vez no Brasil, simpósio do ICSOBA teve mais de 300 participantes do Brasil e exterior
Realizado pela primeira vez no Brasil, entre 30 de outubro e 2 de novembro em Belém (PA), o 19º simpósio do ICSOBA – International Committee for Study of Bauxite, Alumina & Aluminium reuniu mais de 300 participantes do Brasil e do exterior, para trocarem experiências sobre os processos de mineração de bauxita, refino de alumina e obtenção de alumínio primário realizados em diversas partes do mundo.
Na solenidade de abertura do encontro (30/10), Fernando Simões Henriques, líder de operações de bauxita e alumina da Norsk Hydro, destacou a presença da empresa no Brasil e os avanços já atingidos, como o aumento em 20% na produção de bauxita, de 3% na produtividade da Alunorte.
Ayrton Filleti, presidente emérito da ABAL, apresentou dados da indústria brasileira do alumínio, seus desafios, aspectos de energia e as revisões de demanda até 2025. Segundo ele, o fato do simpósio acontecer no Brasil foi importante, pois atualizou um grande número de profissionais do setor que normalmente não iria para esse evento se ele ocorresse no exterior. “Cerca de 50% dos participantes eram do Brasil, enquanto a outra metade era formada principalmente por europeus, além de asiáticos, australianos e profissionais do Oriente Médio, EUA e Canadá”.
A programação do simpósio também inclui a apresentação de uma centena de trabalhos técnicos sobre bauxita, alumina e alumínio primário, que abordaram exemplos de melhorias técnicas de processos, redução de custos de produção e o cuidado das empresas com o meio ambiente e a segurança dos trabalhadores. Companhias brasileiras como Albras, Alumar Alunorte e Votorantim Metais-CBA participaram com seus papers.
“A quantidade de lama vermelha que se produz no mundo é enorme e pudemos assistir o emprego de tecnologias para cuidar desse resíduo, como o uso de filtros para secagem e estocagem, além de formas variadas de destinação da lama na forma de cerâmicas e compósitos”, explica Filleti.
De acordo com o representante da ABAL, que apoiou institucionalmente a realização do simpósio, o conteúdo programado – incluindo as visitas técnicas no dia 1º de novembro, para as fábricas da Albras, Alunorte e para a mina de bauxita em Paragominas (PA) – propiciaram a todos os participantes uma visão bem ampla e atual sobre os processos de mineração, refino e redução do alumínio.