Saudável e protegido – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Saudável e protegido

10 de junho de 2013

Marcas encontram na embalagem com alumínio um aliado para preservar alimentos naturais sem a adição de conservantes químicos

Em 1994, Neura Gil deu início a um negócio pioneiro: comercialização de pratos prontos orgânicos congelados. O sucesso da empreitada fez nascer a Refazenda, que atualmente distribui, em média, duas mil bandejas por mês de seus produtos. Os pratos que seguem a filosofia orgânica e ovo-lactovegetariana, não possuem aditivos químicos ou conservantes e vêm acondicionados em embalagens descartáveis de alumínio – ideais para a preservação das características dos alimentos e alinhadas à filosofia da empresa.

“Não testamos outros materiais, porque o plástico, quando aquecido, libera no alimento substâncias que não condizem com a qualidade do alimento orgânico. Além do mais, o alumínio é um material natural, combina com o conceito”, diz a proprietária, que no site da empresa faz questão de ressaltar as vantagens do emprego da embalagem do alumínio, assim como a sua reciclabilidade.

A empresária aponta uma estimativa de crescimento de 15% ao ano do nicho de alimentos naturais, reflexo de um padrão diferente de comportamento. Nos últimos tempos, o consumidor adquiriu um novo hábito na hora de escolher alimentos no supermercado: olhar o verso da embalagem.

Mudança

O nicho de consumidores preocupados com a saúde e que incorporaram ao dia a dia uma alimentação livre de conservantes e aditivos químicos é crescente. Tendência já consolidada na Europa e nos Estados Unidos, a onda dos alimentos naturais está invadindo as prateleiras e, também, as embalagens brasileiras.

“De uma maneira geral, os produtos passam a requerer embalagens que promovam maior barreira ao vapor de água, oxigênio, luz e gases para que possam preservar as características originais dos produtos processados até o seu consumo”, explica Miguel Ascoli Neto, gerente de projetos da Embalagens Flexíveis Diadema.

Essas interferências, mesmo em pequenas quantidades, aceleram e promovem reações de oxidação do produto e desenvolvimento microbiológico diminuindo o seu shelf life (termo em inglês para tempo de duração do produto na prateleira). “É a barreira ideal contra umidade e gases, por isso é usada em café a vácuo ou suco em pó”, reforça o engenheiro Luiz Henrique Ranchin, engenheiro de desenvolvimento de mercado e inovação da Votorantim Metais – CBA (VM-CBA).

É por essas características que a Vitale Café, marca de café orgânico e gourmet, aposta em uma embalagem multimateriais revestida internamente de alumínio – característica do segmento de cafés premium. “O alumínio conserva todos os aromas e sabores. O café absorve muito fácil os aromas e o alumínio dá uma boa vedação e não deixa o produto oxidar”, enumera Gabriela Fagundes, proprietária da empresa.

Proteção

Um dos casos mais emblemáticos do uso desse tipo de embalagem, em que o alumínio protege um produto sem conservantes, está no nicho dos atomatados, que usam a embalagem stand-up pouch. “O consumidor está começando a entender o que é valor agregado para o produto. Está comprando o molho de tomate que tem um preço bom, embora não seja o mais barato. Ele já percebe que é um produto natural, preservado e que, por isso, não dá azia”, aponta Rogério Byczyk, gerente de marketing da Predilecta.

A marca aposta no alumínio como forma de preservar as características do alimento. É o caso também do sachê de catchup, que traz alumínio no revestimento interno, o que encarece o produto, mas proporciona qualidade superior, diz Byczyk.

“Temos notado que existe uma tendência do consumidor a identificar o bom produto, especialmente depois da recuperação de poder aquisitivo do cliente, principalmente nas classes C, D e E. Ele já identifica a embalagem que está mais durinha, o que mostra que ela contém a folha aluminizada e que assegura que o conteúdo com certeza é melhor”, explica. Byczyk ainda afirma que a ausência de barreira exige uma alta carga de conservantes, além da perda de cor do produto.

Marcio Pinheiro, gerente comercial e de desenvolvimento de mercado da Santa Rosa Embalagens Flexíveis, ressalta outra justificativa para o emprego da embalagem de alumínio. “Não é só a proteção ao produto, mas também por resistir aos processos fabris. Em alguns casos, o alimento é esterilizado dentro da embalagem de alumínio. Desta forma, você mata os microrganismos e não precisa de nenhum tipo de conservante”, sinaliza.

Esse é caso das embalagens pouch com alumínio para atum da linha Food Service da Gomes da Costa, voltada para restaurantes, pizzarias e cozinhas industriais. “Para a esterilização, o atum já embalado é levado à autoclave, um forno aquecido a 125ºC, durante uma hora”, explica Luis Manglano, gerente de marketing corporativo da Gomes da Costa, que comercializa em média ao ano 1.500 toneladas de atum nessa embalagem, em versões de 500 gramas e 1 kg.

Manglano destaca que a marca prioriza o alimento saudável e não utiliza conservantes em seus produtos. Ele acrescenta como vantagem da embalagem a facilidade de manuseio. “Antes, a única forma de embalarmos essas versões era em latas gigantescas, o que não era prático. O pouch permite economizar espaço e facilitar o transporte”, diz.

Além de ser uma excelente barreira para o alimento que precisa de mais proteção, o alumínio agrega valor ao produto. “As embalagens que possuem alumínio cumprem com as necessidades técnicas com grande facilidade e deixam o produto com uma aparência mais nobre”, explica Cláudio Leite, gerente comercial de especialidades da Novelis. Aparência e conteúdo de qualidade se mostram essenciais para conquistar esse cliente, cada vez mais exigente.

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