22 de março – Dia Mundial da Água
Indústria brasileira do alumínio traz exemplos do uso racional desse insumo tão importante
Para a indústria brasileira do alumínio a água é um insumo estratégico, que deve ser gerenciado de forma competente. Além de ser um recurso natural escasso em muitas regiões, é um insumo de alto custo para a indústria, seja pelos gastos operacionais associados à captação, tratamento da água e dos efluentes, ou mesmo devido à cobrança pelo uso dos recursos hídricos.
Muitas companhias da cadeia produtiva do alumínio possuem programas internos para economia e uso racional da água em seus processos, abrangendo todas as etapas da cadeia, da mineração à reciclagem. Conheça alguns deles:
Na Mineração Rio do Norte (MRN), 85% da água utilizada na lavagem da bauxita, durante o beneficiamento do minério, é reciclada através do processo de deposição de rejeitos, o que reduz para 15% a necessidade de bombeamento de água nova.
O consumo de água na produção de alumínio primário ocorre no processo de resfriamento de compressores e equipamentos para a fabricação dos anodos – para a produção eletrolítica do metal – e no resfriamento dos lingotes da área de fundição.
Desde 2009, quando a Albras – Alumínio Brasileiro implantou o programa Gota Zero contra o desperdício, o consumo de água para todos os fins reduziu 73%.
As inciativas de reaproveitamento da água na Alcoa reduziram em 18% a intensidade do consumo nas operações de alumínio primário, entre 2005 e 2012. A empresa trabalha com metas de 25% para 2020 e 30% até 2030.
A planta da Novelis em Pindamonhangaba – que processa laminação e reciclagem – programas de monitoramento e redução do consumo promoveram uma economia de 23% do consumo especifico de água, entre abril e agosto de 2013. A empresa estabeleceu uma meta 1,86 m³/ ton de alumínio, em alinhamento às metas globais da companhia.
Na Votorantim Metais, na qual a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) está inserida, 49,5% da água utilizada nos processos industriais é proveniente de recirculação (base 2012). A empresa tem como meta atingir 100% da recirculação de água em processos industriais até 2020.
Para o presidente executivo da Associação Brasileira do Alumínio – ABAL, Adjarma Azevedo, é cada vez maior o interesse da sociedade em relação ao uso eficiente da água pelas organizações e setores produtivos. Essa atenção é inerente a uma nova economia de mercado, alinhada ao consumo consciente de produtos mais sustentáveis e preocupados com a escassez dos recursos naturais.
“A ABAL se antecipa às futuras solicitações do governo e da sociedade, as quais os setores produtivos estão cada vez mais sujeitos com a nova economia, e insere a gestão da água na agenda das empresas como diferencial competitivo e potencial de provocar mudanças na estratégia de uso desse recurso natural”, explica Azevedo.