Mudanças na ISO 14001
Norma para implantação de SGS será publicada em setembro
A norma ISO 14001:2015, que estabelece normas para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGS), será publicadas em setembro. Ela traz uma série de inovações alinhadas com a sustentabilidade. As organizações deverão se ajustar aos novos requisitos ambientais, em escala local, regional e global.
Entre eles a conservação de ecossistemas, redução dos impactos ambientais e das emissões de CO2 (queima de combustíveis fósseis). As organizações também deverão ser mais proativas na solução dos problemas ambientais e em relação aos princípios do desenvolvimento sustentável.
Isso exigirá principalmente, um maior envolvimento e comprometimento da alta direção e uma melhor avaliação dos riscos ambientais associados ao negócio.
A atual certificação ISO 14001:2004 terá validade de três anos a partir da publicação da nova versão 2015. Neste meio tempo as organizações deverão passar por um processo de adequação.
Inovações da norma ISO 14001 versão 2015:
Gestão Integrada – A nova versão está mais alinhada com a estrutura das outras normas, facilitando a sua integração.
Gestão Ambiental Estratégica – A gestão ambiental deverá fazer parte dos processos aplicados no planejamento estratégico da organização.
Partes Interessadas – Identificar as principais partes interessadas (stakeholders) e entender as suas expectativas quanto a conduta, a transparência e o bom andamento da organização.
Cadeia de valor – A organização deverá Identificar na sua cadeia de valor, a montante e a jusante, os aspectos ambientais mais significativos no âmbito local, regional e global, que podem afetar a organização e vice-versa. Em seguida estabelecer os riscos associados, e as melhores oportunidades ao meio ambiente e à própria organização.
Lideranças SGA – Caberá as lideranças da organização desenvolver competências e assumir responsabilidades específicas no sentido de garantir o bom andamento do novo sistema de gestão ambiental.
Proatividade – A organização deverá se comprometer com ações proativas de proteção do meio ambiente, para além do controle da poluição. Ações como prevenção da poluição, uso sustentável dos recursos, eficiência energética, combate e adaptação às mudanças climáticas, proteção e conservação da biodiversidade e dos ecossistemas.
Desempenho ambiental – Deverá ser adotada a melhoria do desempenho ambiental, como um avanço da melhoria contínua. O desempenho deverá se basear na superação de metas estabelecidas pela própria organização, principalmente no campo das emissões atmosféricas (gases poluentes e CO2), e na geração de efluentes e resíduos.
Ciclo de vida do produto – A organização deverá elencar os aspectos e impactos ambientais associados ao seu produto e/ou serviço. Desde os insumos, produção e logística, passando pelo respectivo uso do produto, até o pós-consumo e a disposição final. Isto é, uma avaliação na perspectiva do ciclo de vida do produto.
Estratégia de comunicação – A organização deverá estabelecer uma estratégia de comunicação com os seus colaboradores. A comunicação externa é facultativa. Caso seja adotada, deverá atender as expectativas das partes interessadas. Entre outras coisas deverá informar sobre o atendimento da organização quanto a legislação ambiental (compliance). Essa comunicação deverá clara, objetiva e confiável e de mão dupla, ou seja, deverá existir um canal para recebimento efetivo de sugestões.
Informação documentada – O novo termo “informação documentada” substitui dois outros largamente utilizados, “documentos” e “registros”, mas que geram muito confusão sobre o que é registro e o que é documento.
Nova estrutura da Norma:
1. Escopo
2. Referências Normativas
3. Termos e Definições
4. Contexto da organização
5. Liderança
6. Planejamento
7. Suporte
8. Operação
9. Avaliação do desempenho
10. Melhoria
Benefícios à empresa:
Melhor desempeno ambiental da empresa.
Melhor atendimento a legislação ambiental (compliance).
Maior engajamento dos colaboradores.
Melhor relacionamento com as partes interessadas (stakeholders).
Melhor controle dos riscos.
Fortalecimento da imagem pública e da reputação.
Maior competitividade.
Referência: https://committee.iso.org
Fonte: Consultoria Ambiental Ecoesfera21.