ABAL formaliza posição contrária ao reconhecimento da China como Economia de Mercado – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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ABAL formaliza posição contrária ao reconhecimento da China como Economia de Mercado

3 de maio de 2016

Entidade que representa a cadeia do alumínio no País enviou carta ao MDIC com sua posição oficial

A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) formalizou, nesta semana, sua posição quanto ao pedido da China para que seja reconhecida como Economia de Mercado junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). A Associação uniu-se a mais de 40 entidades representativas da economia nacional para se posicionar contra a admissão da China neste regime. A decisão deverá ser anunciada em dezembro deste ano pela Organização.

Segundo Milton Rego, presidente executivo da ABAL, “a China é um parceiro preferencial do Brasil e temos muitas oportunidades de investimentos e comércio que podem ser benéficas aos dois países. A posição da ABAL visa especificamente preservar as ferramentas previstas na OMC para garantir o fair trade”, explica.

Quando o governo chinês solicitou à OMC seu reconhecimento como Economia de Mercado, em 2001, a Organização lhe impôs uma condição: provar durante estes quinze anos que possui uma estrutura de preços comparáveis aos outros países membros.

Mas, de acordo com a carta enviada pela ABAL, um minucioso monitoramento mostrou que estão sendo identificadas importações de chapas, folhas e perfis de alumínio para o Brasil a preços inferiores aos praticados nos mercados americano e europeu, predominantemente provenientes da China.

E enfatiza que esta prática “afeta a operação das empresas nacionais na medida em que cria condições desleais de concorrência, impactando margem, inibindo investimentos, reduzindo a geração de impostos e colocando em risco a manutenção dos empregos deste elo da cadeia, dos anteriores e dos posteriores, já que a sua continuidade pode propiciar, em um momento próximo, a importação de produtos já acabados”. Some-se a isso, uma consequente “deterioração da competividade nos setores consumidores, como o setor automotivo, construção civil e embalagens”.

Além disso, como já alertava documento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e endossado pela ABAL, há claros indícios de que outros países e blocos, como Estados Unidos e União Europeia, não reconhecerão a China como Economia de Mercado e “(…) caso o Brasil não adote a mesma posição, certamente haverá significativo desvio de comércio dos produtos chineses para o mercado brasileiro”.

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