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ABAL e Governo do Estado assinam protocolo para construção do Teatro do Alumínio

7 de março de 2002

O novo espaço ocupará uma área de 40 mil metros quadrados no Parque Vila Lobos

A ABAL e o Governo do Estado de São Paulo assinaram, em cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, dia 19 de março, protocolo de intenções para a construção do Teatro do Alumínio. O novo espaço ocupará uma área de 40 mil metros quadrados no Parque Vila Lobos, na zona oeste da capital, uma região estratégica por abrigar outros projetos de esporte e lazer. Pelo acordo, a Secretaria da Juventude, Esportes e Lazer, responsável pela gestão do parque, cederá o terreno à ABAL, que erguerá um complexo cultural com 9 mil metros quadrados de área construída. Além de uma sala de espetáculos com 1.200 lugares, a casa terá um local para exposições e eventos e uma concha acústica com área de 20 mil metros quadrados para realização de shows. O palco, de 270 metros quadrados, foi projetado para abrigar grandes produções. “O Teatro do Alumínio será um novo espaço de lazer e cultura para a cidade de São Paulo e estará sempre aberto a eventos identificados com os valores da ABAL que se baseiam numa visão integrada de desenvolvimento, norteada por objetivos sociais, econômicos e ambientais”, afirmou o presidente da entidade, João Beltran Martins. “A população vai ganhar um teatro muito bem localizado, próximo à Marginal Pinheiros, à uma estação de trem e quase no entrocamento da Linha 4 do metrô”, observou o governador Geraldo Alckimin, informando que o Estado poderá construir um acesso direto entre a estação e o teatro. Segundo João Beltran, as obras deverão ser iniciadas ainda este ano. As empresas de alumínio irão buscar isenções fiscais por meio da lei Rouanet, de incentivo à cultura. “A porcentagem de isenções irá depender da participação e da situação fiscal de cada empresa”, observou Beltran. O projeto, do arquiteto Ricardo Julião, contempla o uso do alumínio desde a estrutura da obra até o revestimento, a cobertura e as cadeiras do auditório. O desenho do edifício, segundo o arquiteto, é uma referência às embalagens de alumínio, especialmente a lata para bebidas. Resgate histórico A idéia do Teatro do Alumínio surgiu com o objetivo de resgatar e divulgar a história do teatro de alumínio que funcionou na Praça das Bandeiras, no centro da cidade, no início da década de 50, de acordo com o vice-presidente da ABAL, Flávio Zurlini, idealizador do projeto. Na época, a Companhia Nicete Bruno e seus Comandantes, do Rio de Janeiro, pretendia construir um teatro “portátil” facilmente desmontável (a exemplo dos que existiam nos Estados Unidos), que pudesse circular pelo país. O projeto não foi aceito no Rio mas chamou a atenção da Secretaria de Cultura do Município de São Paulo, que doou o terreno para a companhia. A casa, que acabou sendo construída em alvenaria com telhado de alumínio, implantou no Brasil o conceito de teatro popular, mas funcionou apenas durante 1951. No ano seguinte foi fechada para a construção, no local, de um terminal de ônibus. “Temos pouquíssimas informações e registros sobre o antigo teatro, o que só reforça a necessidade desse resgate histórico e o acerto da iniciativa da ABAL, que irá contribuir também para a preservação de um importante período das artes cênicas no país”, afirmou Flávio Zurlini.

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