Consumo doméstico de alumínio caiu 4,8% no primeiro semestre – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Consumo doméstico de alumínio caiu 4,8% no primeiro semestre

3 de setembro de 2002

O consumo doméstico de transformados de alumínio apresentou queda

O consumo doméstico de transformados de alumínio apresentou queda de 4,8% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2001, com volume de 360,1 mil toneladas, segundo levantamento da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL). Este resultado acompanha o fraco desempenho da economia brasileira no período – a produção industrial apresentou queda de 0,1%, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu apenas 0,14% no semestre. Os resultados do semestre mostram que houve queda em todos os principais setores, com exceção de Fios e Cabos, que cresceu 55,5% beneficiado pela continuidade dos investimentos na área de transmissão de energia elétrica. De janeiro a junho, o setor consumiu 55,2 mil toneladas contra 35,5 mil toneladas no mesmo período de 2001.

Vale ressaltar que se o desempenho do setor de Fios e Cabos fosse desconsiderado, a queda do consumo doméstico entre janeiro e junho chegaria a 11,0%. As maiores quedas foram registradas nos setores de Laminação Pura – que consumiu 124,6 mil toneladas, 13,7% a menos que os seis primeiros meses de 2001, refletindo a redução da demanda dos principais segmentos consumidores, incluindo a indústria de latas para bebidas, cuja produção caiu 5,5% -, e Folhas, que absorveu 26,5 mil toneladas, volume 12,3% menor que igual período do ano passado.

Balança Comercial A balança comercial dos produtos transformados de alumínio registrou déficit de US$ 50 milhões (valor FOB) no semestre, em relação ao mesmo período de 2001. Entre janeiro e junho foram exportados US$ 123 milhões, enquanto a importação atingiu US$ 173 milhões. Já no setor de alumínio primário/ligas, a balança foi positiva no semestre. O Brasil exportou US$ 510 milhões (valor FOB) e importou US$ 17 milhões, com saldo de US$ 493 milhões.

Nova previsão para 2002 Os resultados do primeiro semestre e a atual situação econômica reverteram a expectativa do setor, que projetava crescimento de 7,1% no consumo doméstico de transformados de alumínio para este ano (previsão divulgada pela ABAL em março/2002). A perspectiva agora é a de que o consumo alcance 740,4 mil toneladas com ligeiro aumento de 0,3% sobre as 738,1 mil toneladas consumidas em 2001. O destaque do ano deverá ser o setor de Fios e Cabos, com previsão de crescer 25,2% e atingir 91,4 mil toneladas, volume que representará recorde histórico de consumo. O consumo está sendo influenciado ainda pelos reflexos do racionamento de energia elétrica; pela falta de isonomia tributária em relação aos materiais concorrentes nacionais (um perfil de alumínio paga 10% de IPI, enquanto o mesmo perfil de aço paga somente 5%, por exemplo); pelas contribuições sociais (PIS/Cofins) que incidem somente sobre o produto nacional; e por acordos comerciais desfavoráveis ao Brasil.

Exportações e importações em 2002 Neste ano, as exportações de alumínio e seus produtos deverão apresentar crescimento de 18,1%, totalizando 861,5 mil toneladas contra 729,3 mil toneladas em 2001. Este crescimento será resultado do aumento das exportações de alumínio primário/ligas, que devem representar 85% do total do volume exportado pela indústria. No ano passado, esse desempenho foi prejudicado pelo racionamento de energia elétrica. Já as exportações de produtos de maior valor agregado – semis/manufaturados -, deverão registrar queda de 10,2% decorrente, principalmente, pela redução estimada de 41,8%, em volume, do setor de Laminação Pura. Para as importações de alumínio e seus produtos a previsão é a de que alcancem 111,3 mil toneladas no ano, volume 14,8% abaixo das 130,4 mil toneladas embarcadas no ano passado.

Parte desta queda se deve à substituição de produtos, anteriormente não fabricados no Brasil como, por exemplo, chapas para tampas das latas para bebidas. Assim, no ano, a balança comercial dos produtos transformados de alumínio deverá permanecer deficitária em US$ 6 milhões. A previsão é a de que as exportações alcancem US$ 311 milhões, enquanto as importações deverão atingir US$ 317 milhões. O metal primário continuará com bom desempenho, atingindo US$ 1.038 milhões nas exportações e US$ 24 milhões de importações, com saldo positivo de US$ 1.014 milhões.

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