Brasil mantém liderança mundial em reciclagem de latas de alumínio com índice de 87% – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Brasil mantém liderança mundial em reciclagem de latas de alumínio com índice de 87%

2 de abril de 2003

O Brasil reciclou 87% de todas as latas de alumínio consumidas

O Brasil reciclou, em 2002, 87% de todas as latas de alumínio consumidas. O índice, apurado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), mantém o País como campeão na reciclagem de latas de alumínio entre os países onde esta atividade não é obrigatória por lei, posição conquistada em 2001, quando o índice brasileiro alcançou 85% e superou o do Japão, que liderava o ranking até então. O índice do Japão relativo a 2002 será divulgado em julho e deverá confirmar a liderança brasileira. O índice de 87% corresponde a um volume de 121,1 mil toneladas de latas de alumínio, ou 9 bilhões de unidades, aproximadamente. Os números indicam um crescimento de 2,6% sobre o volume coletado em 2001, que foi de 118,0 mil toneladas (aproximadamente, 8,7 bilhões de unidades). Desde 1998, quando ultrapassou pela primeira vez o índice dos Estados Unidos (63% contra 55%), o índice brasileiro vem apresentando crescimento médio de 10% ao ano.

Trabalho e renda

Atividade baseada essencialmente na economia de mercado, sem incentivos fiscais ou subsídios governamentais, a coleta de latas de alumínio movimenta hoje R$ 850 milhões por ano e envolve – da coleta à transformação – perto de 2.000 empresas. A estimativa da ABAL é de que 150 mil pessoas vivam exclusivamente da coleta de latas de alumínio no País. O perfil das pessoas que coletam latas de alumínio também mudou consideravelmente nos últimos cinco anos. Hoje, escolas, instituições beneficentes, igrejas, aposentados e donas-de-casas somam-se à tradicional figura dos catadores. Esses, por sua vez, passaram a se organizar em cooperativas de reciclagem, obtendo maior valor de revenda para a sucata em função de classificação, limpeza e prensagem mais adequadas e a venda direta às indústrias de reciclagem, evitando intermediários. Estima-se que existam mais de 6.000 pontos de compra de sucata de alumínio espalhados pelo Brasil, facilitando o acesso dos recicladores e dando mais transparência a esse setor da economia. Um banco de energia Entre os benefícios da reciclagem de latas de alumínio destacam-se a preservação do meio ambiente – além de reduzir a extração da bauxita, a reciclagem poupa espaço nos aterros sanitários -, e a economia de energia elétrica, que chega a 95% no processo produtivo. Isso significa que para produzir alumínio a partir do metal reciclado utiliza-se apenas 5% da energia que seria necessária para a produção a partir do alumínio primário. Falando ainda em energia, a reciclagem de latas de alumínio proporcionou, em 2002, a economia de cerca de 1.700 GWh/ano, o que corresponde a 0,5% de toda a energia gerada no país. Esse total atenderia as necessidades de uma cidade de um milhão de habitantes – Campinas, por exemplo. Outro benefício da reciclagem de latas de alumínio é a criação de novos mercados, como o de máquinas e equipamentos de coleta automática de embalagens, prensas hidráulicas de alta capacidade e mesmo simples amassadores de latas para uso doméstico. Esses amassadores manuais, produzidos a partir de plástico reciclado, alcançam hoje produção de mais de 80.000 unidades por ano, em grande parte distribuída gratuitamente pelas indústrias que mantém projetos de reciclagem voltados para escolas. Não é à toa que a latinha de alumínio conquistou o mercado nacional. Além de ser uma embalagem ambientalmente correta, completando seu ciclo de vida de 35 dias em média, a lata reserva aos consumidores benefícios adicionais como praticidade, leveza, modernidade e apresentação em doses ideais para o consumo individual.

Inclusão social e digital

A reciclagem do alumínio tem colaborado também para o crescimento da conscientização ambiental. Programas específicos de educação ambiental e de reciclagem desenvolvidos por empresas do setor em parceria com escolas, clubes e entidades beneficentes têm despertado interesse cada vez maior da sociedade para a atividade. Os programas de educação ambiental têm o objetivo de despertar a consciência ecológica em crianças do ensino fundamental de escolas municipais, estaduais e particulares e atingem mais de 20.000 crianças. Atualmente, mais de 16.000 mil escolas e instituições de todo o país estão cadastradas em programas permanentes de reciclagem de latas de alumínio. As latas coletadas por essas instituições são trocadas por cadernos, kits escolares, cestas básicas e equipamentos que vão de microcomputadores a televisores e máquinas copiadoras. Somente no ano passado foram trocados mais de 15.000 equipamentos, entre os quais mais de 2.000 microcomputadores de última geração, com todos os sistemas operacionais instalados e respectivas licenças. O sucesso da reciclagem de latas de alumínio no Brasil se deve a vários fatores. Entre eles, o intenso trabalho de divulgação dos benefícios da reciclagem feito pelas empresas do setor, o aumento do número de cooperativas de catadores em todo o Brasil, ao valor residual das latas de alumínio como sucata e as palestras realizadas anualmente em escolas e associações. De acordo com dados do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), base janeiro de 2003, o preço médio de venda de sucata de latas de alumínio é de R$ 3.000/t, enquanto a sucata de papel branco é de R$ 400/t e a de PET, R$ 630t – valores para a Grande São Paulo, preços à vista.

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