Alumínio e Saúde: Especialistas demonstram que alumínio não prejudica a saúde – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
Acesse a área do associado Fale Conosco
← voltar para Banco de Notícias

Alumínio e Saúde: Especialistas demonstram que alumínio não prejudica a saúde

2 de novembro de 2003

A afirmação foi feito pelo doutor Theodore Lidsky

Mesmo com a presença de alumínio em alimentos, medicamentos e na água, a absorção do metal pelo organismo não causa efeitos significativos sobre a saúde humana. A afirmação foi feito pelo doutor Theodore Lidsky, chefe do Laboratório de Eletrofisiologia do Departamento de Psicobiologia do Institute for Basic Research (IBR), de Nova York, que apresentou a palestra “A correlação entre a ingestão de alumínio e a saúde humana” no II Seminário Internacional Alumínio e Saúde: Mitos e Realidades, realizado pela ABAL no dia 22 de outubro. O evento, que contou com um público de 110 pessoas, entre profissionais da área de Saúde e do setor do alumínio, foi organizado pela Comissão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente da ABAL com o objetivo de oferecer a base científica sobre o assunto aos especialistas do setor, pesquisadores do meio acadêmico, médicos da indústria e imprensa especializada.

O doutor Lidsky, que também é professor do Departamento de Neurologia da Escola de Medicina da Universidade Thomas Jefferson, de Nova York, explicou que a absorção de alumínio pelo organismo se dá principalmente por ingestão – uma vez que o metal está presente nos alimentos (sobretudo em produtos processados que levam aditivos), em medicamentos (como os antiácidos) e na água – mas em níveis insuficientes para provocar riscos à saúde. Segundo suas pesquisas, a maior parte do alumínio ingerido é eliminado pelo organismo, que possui barreiras eficazes para impedir o acúmulo do metal no sangue.

O especialista mostrou dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que determina a ingestão média diária de alumínio de 7 miligramas por quilo de massa corporal por semana (ou, 1 miligrama por quilo de massa corporal por dia), ou seja, um adulto com o peso médio de 70 quilos poderia consumir até 70 mg/dia. Nos Estados Unidos, por exemplo, a ingestão média diária é de cerca de 8,2 mg/peso corporal – praticamente um décimo do valor recomendado pela OMS.

O doutor Lidsky abordou também o alumínio e as questões neurológicas, demonstrando que não há evidências científicas de que a exposição ao alumínio cause o Mal de Alzheimer. Ele explicou os sintomas clínicos e a progressão da doença para mostrar que estudos recentes afastam a hipótese de a ingestão do metal estar entre as causas do Alzheimer. Segundo esses estudos, realizados nos últimos 15 anos, não há dados científicos confiáveis que confirme a presença de alumínio na formação de placas neuríticas (lesão típica da doença), sendo que os fatores genéticos estão entre as causas mais prováveis da doença.

Embalagens para bebidas têm boas condições de higiene
As embalagens de alumínio para alimentos e bebidas e suas implicações sanitárias e higiênicas, também foram o foco do II Seminário Internacional Alumínio e Saúde: Mitos e Realidades. Este foi o assunto do doutor Ian Arnold, especialista em Saúde Ocupacional e Segurança, professor adjunto da Faculdade de Medicina da McGill University, de Montreal, Canadá. Em sua apresentação ele demonstrou que as embalagens de alumínio possuem boas condições de higiene e possíveis contaminações geralmente são associadas ao manuseio e armazenamento do produto. O doutor Arnold apresentou um levantamento bibliográfico da literatura científica mundial sobre possível contaminação em embalagens de alumínio, enfatizando não ter encontrado indícios de que cause problemas para a saúde. “Isso nunca foi corroborado por qualquer estudo epidemiológico”, afirmou. Segundo ele, a contaminação por bactérias pode ocorrer a partir de várias fontes e é um risco para todo tipo de embalagem assim como para a maioria dos alimentos, mas “é facilmente controlada por meio de medidas de saúde pública e boas práticas de manuseio”. Ele frisou que o uso do alumínio aumenta a proteção do alimento – por ser excelente condutor de calor e frio, possibilitar o congelamento mais rápido e ser uma eficaz barreira contra a luz. Destacou ainda, que o revestimento utilizado nas embalagens e nos recipientes é uma barreira efetiva à possível dissolução do metal nos alimentos.

Em sua pesquisa bibliográfica, o doutor Arnold relacionou dois estudos realizados pelo Centro de Tecnologia de Embalagem (CETEA) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL). No primeiro, sobre higiene nas embalagens de bebidas, o CETEA constatou que as latas de alumínio apresentam boas condições microbiológicas de higiene, sem a presença de bactérias patogênicas. Níveis elevados de contaminação por bactérias foram encontrados no gelo usado em caixas de isopor por vendedores ambulantes e alguns quiosques. Também o CETEA concluiu que as possibilidades de contaminação estão associadas principalmente às condições de higiene existentes nos pontos de venda e não às embalagens em si.

Em outro estudo, sobre a dissolução do alumínio durante o cozimento de alimentos em panelas, o CETEA constatou que a contribuição do alumínio é de cerca de 2% do limite máximo tolerável pela OMS de 1mg/kg de peso corporal dia, um percentual que considerou como “insignificante”.

Abaixo as apresentações do evento, clique e confira.

A Correlação entre a Ingestão de Alumínio e a Saúde Humana
Embalagens de Alumínio para Alimentos e Bebidas: Implicações Sanitárias e Higiênicas

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *