Brasil consolida liderança mundial na reciclagem de latas de alumínio – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Brasil consolida liderança mundial na reciclagem de latas de alumínio

1 de julho de 2004

Os índices de reciclagem de latas de alumínio para bebidas em 2003 divulgados pelos Estados Unidos e pelo Japão

Os índices de reciclagem de latas de alumínio para bebidas em 2003 divulgados pelos Estados Unidos e pelo Japão consolidaram pelo terceiro ano consecutivo a liderança do Brasil no ranking de reciclagem de latas, entre os países onde a prática não é obrigatória por lei. O Brasil reciclou 89% das latas em 2003, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas). Os japoneses, que detêm a vice-liderança nesse quesito, reciclaram no último ano 81,8% das latas, 1,3 ponto percentual abaixo do índice conseguido no ano anterior. Segundo a Japan Aluminium Can Recycling Association, que divulga o índice, a queda ocorreu por causa das embalagens ´bottle can´, que copiam o formato de uma garrafa e possuem tampa rosqueável. De acordo com a entidade, embora as tampas desse tipo de embalagem sejam recicláveis, geralmente são descartadas à parte, o que dificulta seu retorno. As ´bottle cans´ representam 11% do mercado de latas naquele país, estimado em 18 bilhões de unidades ao ano. Os norte-americanos, maior mercado de latas no mundo, também diminuíram seu índice de reciclagem no ano passado, em relação a 2002. Os Estados Unidos reciclaram apenas 50% das latas consumidas, menos do que os 54% registrados em 2002. A indústria do alumínio nos Estados Unidos pagou diretamente às pessoas que coletam latas US$ 800 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões), para reciclar 49,9 bilhões de latas. Os dados são da The Aluminum Association. A Europa ainda não divulgou o índice de 2003, mas a média do continente em 2002 foi de 46%. Segundo José Roberto Giosa, coordenador da Comissão de Reciclagem da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), o índice recorde no País, de 89%, ainda não leva em conta, em seu cálculo, alguns pequenos recicladores de latas. “Se fosse possível medir o consumo de sucata de latas nesse segmento, o índice aumentaria em 2 ou 3 pontos percentuais”, afirma Giosa. Segundo ele, o alumínio de uma lata que sai da fábrica leva apenas 33 dias, em média, para voltar ao mercado como matéria-prima de uma nova lata. Em 2002, esse ciclo durava 36 dias. No Brasil, mais de 160 mil pessoas obtêm uma renda média de 2 salários mínimos com a reciclagem de latas de alumínio. “Além de gerar trabalho e renda para uma grande população carente em todas as partes do país, a coleta e a comercialização de latas para reciclagem estão estimulando a formação de milhares de cooperativas e pequenas empresas”, afirma Paulo Camillo Penna, executivo da Abralatas.

Economia e meio ambiente

A reciclagem de latas, além de reduzir em muito a quantidade de bauxita extraída para a produção do alumínio, proporcionou em 2003 uma economia de energia elétrica de 1.684 GWh/ano, o que equivale a 0,5% de toda a energia consumida no país e o suficiente para abastecer uma cidade como Campinas, de 1 milhão de habitantes. Essa economia se deve ao fato de que o processo de reciclagem utiliza apenas 5% da energia elétrica que seria necessária para produzir o alumínio a partir da bauxita.

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