ABAL apoia o programa Novo Mercado de Gás
O lançamento do programa Novo Mercado de Gás, nesta terça-feira, 23/07, é uma ótima notícia para a indústria, segundo Milton Rego, presidente-executivo da ABAL.
“É um sinal robusto de que o governo está empenhado em modernizar um setor fundamental para a competitividade da indústria nacional”, diz. “As diretrizes do projeto têm as digitais de inúmeras associações setoriais, como a ABAL, que há lutam pela modernização do setor energético brasileiro”.
Milton alerta, porém, que o programa é o primeiro passo de um caminho complexo a ser percorrido. A flexibilização do mercado gás passa pela diminuição do tamanho da Petrobras no transporte, comercialização e distribuição do insumo, bem como das distribuidoras estaduais, que, em muitos casos, têm participação estatal e detêm monopólios locais.
“É fundamental continuarmos trabalhando de forma firme e coordenada com o governo e demais agentes desse processo em torno de uma agenda de prioridades, justamente a estabelecida pelo Novo Mercado de Gás”, prega o presidente-executivo da ABAL.
O uso do gás como fonte térmica e para a geração de energia elétrica vem crescendo no mundo. Essa corrida se explica pelo aumento da oferta e pelas reduções de preço. Recentes descobertas em águas profundas da Bacia Sergipe-Alagoas colocam o Brasil na sexta posição entre as maiores reservas de gás do mundo.
O insumo responde hoje por 12% da nossa matriz energética. É uma alternativa viável a ser desenvolvida. Com a abertura do mercado haverá disponibilidade maior de fornecimento e tarifas mais previsíveis e equilibradas, que beneficiarão consumidores industrial e doméstico.
Milton lembra ainda que fontes de gás competitivas teriam impacto positivo em praticamente todos os elos da cadeia do alumínio, do refino da bauxita até a fabricação de produtos – em especial, à reciclagem do metal, uma vez que hoje o preço do gás representa 30% dos custos do processo.
“E quando me refiro à importância do gás para a reciclagem do alumínio, posso garantir que é também um insumo importantíssimo na reciclagem dos outros metais. Uma maior competitividade do gás terá um duplo papel: aumentará a eficiência da reciclagem e diminuirá a pegada de carbono de todo o processo. A queima do gás polui menos quando comparada ao petróleo ou carvão”, explica.