ABAL e IAI realizam Fórum Internacional do Alumínio – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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ABAL e IAI realizam Fórum Internacional do Alumínio

6 de maio de 2002

O Fórum Internacional do Alumínio foi aberto dia 10 de maio

O Fórum Internacional do Alumínio foi aberto, na manhã do dia 10 de maio, pelo presidente da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), João Beltran Martins, e pelo presidente do International Aluminium Institute (IAI), Yukoh Masuda, com a presença de cerca de 100 participantes. Pela primeira vez, líderes mundiais do setor do alumínio reuniram-se no Brasil para o encontro anual do IAI e para o Fórum Internacional, que discutiu assuntos de interesse do setor, como meio ambiente, saúde, reciclagem, energia elétrica e o uso do alumínio na indústria automotiva.

“O fato de o Brasil sediar um fórum internacional de tamanha magnitude e representatividade é motivo de orgulho para a indústria brasileira do alumínio, pois ratifica a sua dimensão e a sua importância no cenário mundial”, afirmou João Beltran. Ele destacou a “importância desta indústria no contexto socioeconômico do país”, informando que o setor fatura cerca de US$ 6 bilhões por ano, tem uma participação significativa de cerca de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) Industrial, investe anualmente perto de US$ 1 bilhão, recolhe cerca de US$ 1 bilhão em impostos e emprega diretamente cerca de 50 mil pessoas. Beltran lembrou que, em 2001, mesmo afetada pela crise de energia, pelo desaquecimento da demanda mundial e pela desvalorização cambial, a indústria brasileira do alumínio registrou aumento de 11% no consumo doméstico em comparação a 2000, e que, a fim de preservar o abastecimento interno, o ônus do racionamento recaiu sobre as exportações, que registraram queda de US$ 361 milhões. “Mesmo assim, o setor de alumínio gerou divisas da ordem de US$ 1,6 bilhão, com expressiva participação de 3% nas exportações totais brasileiras”.

O presidente da ABAL falou, ainda, dos “complexos desafios” do setor e da ABAL. Entre eles, equacionar as questões de energia elétrica “no sentido de obter regras claras e condições adequadas para a competitividade do setor produtivo e da autogeração”, a desoneração do setor produtivo e a promoção de novos usos e aplicações do alumínio no país. “A indústria do alumínio é globalizada e os desafios que enfrentamos hoje seguramente já foram, ou são, os mesmos de muitos dos países aqui presentes”, observou. “Por isso, enfatizo a importância do Fórum Internacional de Alumínio, que promove uma ampla discussão e, consequentemente, a possibilidade de desenvolver uma ação conjunta forte e afetiva, para o desenvolvimento de nossa indústria”, afirmou. O presidente do IAI, Yukoh Masuda, destacou que a indústria brasileira do alumínio “tem estado muito próxima do IAI desde sua fundação, há 32 anos, e tem exercido influência importante nas decisões do Instituto”. Ele agradeceu, em especial, a contribuição do presidente da Companhia Brasileira do Alumínio (CBA), Antonio Ermírio de Moraes, representante do IAI para a América do Sul, que frisou ser o “único fundador remanescente do Instituto”. Solicitando aplausos para Antonio Ermírio de Moraes, Masuda afirmou: “Ele nos tem dado muito suporte, durante todos esses anos, nos vários campos de interesse do alumínio”. Yukoh Masuda fez referência também à presença dos representantes da Rússia e da China, que pela primeira vez participaram de um evento como o Fórum Internacional do Alumínio.

Brincando com o fato de essas delegações “terem atravessado o mundo para chegar ao Brasil”, o presidente do IAI ressaltou a importância desses países como produtores e consumidores mundiais de alumínio.Meio ambiente e reciclagem O gerente de Planejamento, Meio Ambiente e Qualidade da Mineração Rio do Norte (MRN), Flávio Pereira, abriu os trabalhos com a palestra Mineração da Bauxita e Recuperação, em que apresentou o modelo de gestão ambiental da MRN, maior produtora brasileira de bauxita, localizada no município de Oriximiná, região Porto de Trombetas, no extremo oeste do Pará. Tal modelo consiste em promover o reflorestamento das áreas desmatadas pela atividade de lavra, monitorar e controlar as emissões e descargas de partículas sólidas nas águas e na atmosfera e manter um sistema de rejeito para beneficiamento de bauxita. O coordenador da Comissão de Energia da ABAL, Eduardo Spalding, falou sobre Energia Elétrica e o Setor de Alumínio, lembrando os efeitos nocivos do racionamento de energia para o setor durante 2001. Destacou também os investimentos que a indústria vem fazendo em autogeração, da ordem de US$ 1,5 bilhão, como parte de investimentos totais de US$ 2,5 bilhões para uma geração adicional de 3.860 MW. Em seguida, o vice-presidente da The Aluminum Association, dos Estados Unidos, Richard Klimisch, falou das vantagens e dos benefícios do alumínio para o setor automotivo na palestra Aplicações na Indústria Automotiva: promoção do alumínio em carros, caminhões e trens. Falando sobre o crescimento do uso de alumínio na América do Norte, destacou que em 1973 o alumínio participava com 37 quilos em veículos leves (que representam 50% das vendas de veículos nos Estados Unidos), sendo que a previsão para 2002 ultrapassa 130 quilos.

Segundo Klimisch, as aplicações mais comuns de alumínio em veículos são em cabeçotes de cilindro (69%), distribuidores (58%), anteparos termoresistentes (53%) e blocos de motor (23%) – dados de 1999. O presidente do Comitê Global de Reciclagem do Alumínio (GARC) do IAI, Jürg Berger, destacou, entre os objetivos do GARC, a elaboração de estatísticas regionais e globais que possam demonstrar as grandes vantagens e benefícios da reciclagem do alumínio. A principal ferramenta é a criação de um modelo global de reciclagem. Ele elogiou o programa brasileiro de reciclagem de latas de alumínio, que atingiu índice de 85% em 2001. “O Brasil está no topo da lista e serve de exemplo para os outros países”, disse. O consultor do IAI, Ian Arnold, destacou os vários aspectos de Alumínio e Saúde, abordando a epidemiologia e a neuropatologia da doença de Alzheimer e seus fatores de risco – ambientais e controversos.

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