ABAL no XIV SAE Brasil – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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ABAL no XIV SAE Brasil

1 de dezembro de 2005

Associadas expõem seus produtos no espaço da entidade, que também divulgou os serviços do Centro de Informações Automotivo e de Transportes e o boletim eletrônico Aluauto

 

Entre 22 e 24 de novembro, profissionais da área de engenharia da mobilidade conheceram as principais novidades tecnológicas no segmento automotivo e de transportes no XIV Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade – SAE Brasil. A ABAL esteve presente com seu estande, no qual as associadas Alcoa Alumínio S/A, Asa Alumínio S/A, Companhia Brasileira de Alumínio – CBA, Hydro Alumíno Acro S/A e Valesul Alumínio S/A. mostraram seus produtos. No espaço, a associação também atendeu aos interessados em conhecer as características e vantagens do uso do alumínio no segmento automotivo e de transportes, além de divulgar suas ferramentas de relacionamento, como o Centro de Informações Automotivo e de Transportes e o boletim eletrônico Aluauto. No espaço da ABAL, entre os produtos apresentados, o destaque vai para os rotores extrudados para motores Supercharger, da Alcoa, perfis para sistemas de som automotivo feitos pela Asa Alumínio S/A, perfis de portas e bagageiros e chapas para piso, produzidos pela Companhia Brasileira do Alumínio – CBA, a linha de precision tubes para aplicação em sistemas de ar condicionado e trocadores de calor, feita pela Hydro Alumínio Acro S/A, lingotes e tarugos para fundição de peças automotivas, expostos pela Valesul Alumínio S/A.Alcoa e Mangels também tiveram seus Estandes Cerca de 76 empresas expuseram suas novidades no evento e o alumínio também estava presente nas inovações tecnológicas que tiveram destaque nos três dias de exposição. As associadas Alcoa e Mangels estiveram entre as expositoras. A primeira trouxe a estrutura da carroceria toda em alumínio da Ferrari 360 Modena, projeto realizado em parceria com engenheiros da marca italiana e desenvolvido a partir de 1994. Já a Mangels trouxe a roda diamantada prata copa e a cinza especial, que utilizam a tecnologia de diamantado por meio da usinagem da face da roda, e a dark gloss com lip diamantado. Alumínio e inovação As características do alumínio, como peso menor (em relação ao aço), alta condutividade elétrica, resistência à corrosão, entre outras, fizeram com que o alumínio estivesse em diversas soluções durante a Exposição Internacional de Tecnologia da Mobilidade. De sistemas de filtragem a carcaças de som automotivo, o alumínio figurou em diversas aplicações, mostrando que é possível a ampliação de seu uso no segmento automotivo. A Mann+Hummel Brasil Ltda, empresa especializada em filtros de óleo combustível, trouxe da Europa módulos de filtragem ainda não aplicados no Brasil, cuja carcaça é inteiramente de alumínio. Os itens são usados em veículos da Volkswagen e Volvo. A Mercedes, ao lançar sua linha Axor de caminhões, expôs o câmbio G240, de 16 marchas, cuja carcaça também é de alumínio. O sistema também é usado nas linhas de semipesados e leves. Produzida pela montadora, a peça confere, devido ao alumínio, alta resistência mecânica e menor peso. A Açopeças Indústria de Peças de Aço Ltda também mostrou uma nova linha de peças de alumínio, fabricadas por extrusão a frio, voltada à indústria automobilística na fabricação de itens para suspensão, freio e transmissão. Outra atração foi o City Car, modelo multifuncional da Edag Engineering, empresa alemã de engenharia e design para a indústria automotiva, voltado à entregas rápidas. Com design arrojado, o carro tem carroceria em alumínio e foi apresentado em maquete. Na linha de som automotivo, além das carcaças de amplificadores mostradas no estande da ABAL, a Actia do Brasil também expôs conversores de energia e módulos de som individual, entre outras. Outra novidade mostrada na Exposição foi o uso do alumínio em revestimentos internos de veículos e como elemento de proteção de componentes mecânicos. A Rieter Automotive Systems levou à mostra revestimentos internos de teto para carros de passeio em alumínio. Segundo o expositor, o uso do material diminui o custo de fabricação do produto. Já a Federal Mogul Corporation trouxe uma espécie de revestimento metalizado para proteção contra o calor irradiante. Trata-se de uma malha de fibra de vidro ou polímero, revestida com alumínio que é usada, por exemplo, em chicotes da parte elétrica do veículo. Entrevista: Gábor János Deák No encerramento do XIV Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade, o presidente da SAE Brasil falou com exclusividade sobre as novas tendências do setor Motores tricombustível e soluções eco-eficientes deram a tônica do XIV Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade. Na cerimônia de encerramento do evento, o secretário da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, ressaltou o progresso da engenharia brasileira e destacou a busca por uma mudança na matriz energética que também beneficia o meio ambiente. Em entrevista à ABAL, o presidente da SAE Brasil, Gábor János Deák, falou sobre essa tendência e sobre o uso do alumínio no setor automotivo. ABAL – Quais foram os maiores progressos desse congresso em relação aos anteriores? Gábor Deák – Acho que mostramos que a engenharia brasileira da mobilidade tem totais condições de produzir tecnologia própria. Mostramos aqui, com os trabalhos apresentados no Congresso e com as novidades apresentadas durante a Exposição, que podemos trazer sim, tecnologias de fora, mas somos plenamente capazes de fazer aqui o que é necessário para atender as expectativas do país. Isso se aplica também na questão da matriz energética. Estamos aproveitando o nosso potencial natural para oferecer ao país novas alternativas, como os motores bi e tricombustível. Uma tecnologia peculiar, nascida aqui, e que mostra como utilizar a matriz energética ao nosso favor e não contra. Isso é muito importante.ABAL – Como a SAE Brasil encara a questão do uso de materiais mais leves, como o alumínio, e da eco-eficiência na concepção dos veículos brasileiros? Gábor Deák – Esse é um caminho que tem duas vertentes. Acredito que o sucesso energético no Brasil abrange a questão ambiental, a disponibilidade de combustíveis e a boa utilização dos combustíveis. Para isso, os veículos precisam ter um aparato tecnológico e estrutural que suporte essa mudança de matriz energética. De nada adianta buscarmos novas alternativas se os nossos carros continuarem tendo um alto consumo de combustível. E essa preparação também inclui a questão do peso. Na medida em que a relação custo-peso-benefício for viável ao setor, o uso de materiais como o alumínio se tornará ainda mais amplo na indústria automotiva nacional. ABAL – Qual será o principal desafio da SAE Brasil em 2006? Gábor Deák – Para nós o maior desafio será implantar o Mestrado Profissional em Tecnologia da Mobilidade SAE Brasil, elaborado em parceria com profissionais da indústria e universidades. É uma tentativa de colocar o Brasil no panorama mundial e tornar a engenharia brasileira uma matriz tecnológica, já que não somos a matriz das decisões econômicas. Com um maior grau de preparação, os profissionais brasileiros, pela competência que já demonstram, poderão tomar decisões e dirigir os rumos tecnológicos das organizações. O mestrado tem a função de habilitar a engenharia brasileira a resolver os seus problemas e também a ter a percepção internacional da sua relevância.

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