Brasil alcança índice de 85% na reciclagem de latas de alumínio – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Brasil alcança índice de 85% na reciclagem de latas de alumínio

4 de abril de 2002

O Brasil reciclou 85% de todas as latas de alumínio para bebidas consumidas durante o ano de 2001

O Brasil reciclou 85% de todas as latas de alumínio para bebidas consumidas durante o ano de 2001. Com este índice, apurado pela Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), o país supera seu próprio recorde e está muito perto de tornar-se o campeão mundial entre os países onde a reciclagem não é obrigatória por lei. O recorde mundial deverá ser confirmado em junho, após a divulgação do índice do Japão (que foi de 81% em 2000). A expectativa brasileira de passar à frente dos líderes mundiais de reciclagem de latas de alumínio tem respaldo na análise da evolução do índice japonês, que historicamente tem crescido 1% ao ano. Os Estados Unidos, pioneiros na reciclagem de latas de alumínio (em 1968), registraram 62% em 2000.

O índice de 85% corresponde a 119,5 mil toneladas de latas de alumínio recicladas, ou perto de 9 bilhões de unidades, o que representa crescimento de 16,3% sobre o volume coletado em 2000 (102,8 mil toneladas). A taxa brasileira se deve, entre outros fatores, ao intenso trabalho de marketing e divulgação que vem sendo feito pela indústria brasileira do alumínio na última década com o objetivo de divulgar os benefícios sócio-econômicos da reciclagem, ao aumento da rede de coleta de latas em todo o país, à proliferação do número de cooperativas de catadores e ao valor residual das latas de alumínio como sucata. Por exemplo, um quilo de latas de alumínio pode ser vendido, em média, por valores cerca de seis vezes mais do que um quilo de sucata de plástico, ou nove vezes mais que a mesma quantidade de sucata de papel (de acordo com dados divulgados pelo Cempre – Compromisso Empresarial para Reciclagem – praça São Paulo, o preço da sucata de alumínio é de US$ 820/t, enquanto a sucata de papel é de US$ 98/t e do PET é de US$ 140/t).

Benefícios

A reciclagem de latas de alumínio é uma atividade baseada essencialmente na economia de mercado, sem incentivos ou subsídios, e que agrega o benefício de ter criado novos mercados no país, como o de máquinas e equipamentos de coleta automática de embalagens, prensas hidráulicas de alta capacidade e mesmo simples amassadores de latas para uso doméstico. Além disso, de acordo com estimativas da ABAL, mais de 150 mil pessoas vivem hoje no Brasil exclusivamente da coleta de latas de alumínio, recebendo de dois a três salários mínimos mensais. Em toda sua cadeia (da coleta à transformação em novo metal), a reciclagem do alumínio envolve perto de 2 mil empresas e movimenta R$ 850 milhões por ano.

Outro benefício da reciclagem do alumínio é a economia de energia elétrica, que chega a 95% no processo produtivo. Ou seja, para reciclar alumínio são necessários apenas 5% da energia utilizada para se produzir o metal primário. No ano passado, a reciclagem do alumínio economizou perto de 3.600 GWh de energia, que daria para abastecer uma cidade de mais de 1,5 milhão de habitantes durante um ano. Mais que isso, a reciclagem de alumínio preserva o meio ambiente, uma vez que poupa espaço nos aterros sanitários (as latas não chegam a ir para o lixo) e reduz a extração de bauxita (cada mil quilos de alumínio reciclado representa 5 mil quilos de bauxita poupados). Também colabora para o incremento da conscientização ambiental e fornece subsídios para definição de políticas ambientais voltadas para a reciclagem de embalagens de forma geral. A reciclagem do alumínio tem papel importante também na educação ambiental. Programas específicos de reciclagem são desenvolvidos pela indústria de alumínio em parceria com escolas, hospitais, clubes e entidades beneficentes Atualmente, perto de 15 mil escolas e instituições de todo o país estão cadastradas em programas permanentes de reciclagem de latas de alumínio. Tais instituições trocam as latas coletadas por cadernos, kits escolares, cestas básicas e equipamentos que vão de microcomputadores a televisores e máquinas copiadoras. Nos últimos oito anos, já foram trocados 60 mil equipamentos (entre os quais, 10 mil computadores, 20 mil ventiladores de teto e mais de 1 mil máquinas copiadoras e mimeógrafos) e 85 mil cadernos e kits escolares. Mais de 200 palestras são ministradas por ano em escolas e universidades de todo o país, mostrando os benefícios da reciclagem para a qualidade de vida e para a proteção ao meio ambiente. Além disso, as empresas do setor desenvolvem programas de educação ambiental para crianças da 1ª à 4ª séries do Ensino Fundamental e do Ensino Médio com o objetivo de formar cidadãos críticos e ambientalmente responsáveis.

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