CBA desenvolve projeto de monitoramento de nascentes em Minas Gerais
As pesquisas sobre hidrologia e preservação de recursos hídricos avançam no município de Miraí e região, em Minas Gerais. Realizado pela Universidade Federal de Viçosa – UFV, em parceria com a CBA, o Programa de Estudos Hidrológicos (PEHidro) busca entender o comportamento hídrico em áreas de mineração, e envolve o monitoramento de nascentes, projeto recém-implantado para avaliar a influência da atividade minerária na qualidade e na quantidade de água nesses locais.
Para dar início à primeira etapa, os pesquisadores da universidade mapearam cerca de cem nascentes e selecionaram dez para monitoramento, localizadas nos municípios de Miraí, Muriaé, Rosário da Limeira e São Sebastião da Vargem Alegre. O objetivo é acompanhar as bacias hidrográficas de cabeceira que contenham jazidas de bauxita em sua área de drenagem, realizando um comparativo entre as fases pré e pós-mineração de bauxita.
O projeto conta com parceria dos produtores rurais e proprietários das áreas que serão estudadas.
“Eles têm orgulho e reconhecem o valor das suas nascentes. Também se preocupam com sua sustentabilidade, o que reflete na boa adesão ao projeto”, afirma o doutorando Lucas Jesus da Silveira, responsável pela condução do estudo.
O coordenador do programa e professor do Departamento de Engenharia Florestal da UFV, Herly Carlos Teixeira Dias, destaca o impacto positivo deste estudo para a comunidade.
“O PEHidro na CBA é tratado com muita atenção por todos os envolvidos, proprietários, estudantes e empresa, pois cada projeto criado traz informações relevantes para toda a comunidade. O monitoramento de nascentes não foge dessa linha. Entender a dinâmica da água é fundamental para todos nós”, completa.
A partir dos resultados, a UFV e a CBA levam aos proprietários rurais o conhecimento sobre os cuidados com as áreas reabilitadas e a importância desse processo para as nascentes da região.
“Trabalhamos com a UFV desenvolvendo tecnologias associadas ao nosso processo de reabilitação ambiental e os resultados das pesquisas desenvolvidas demostram que a atividade minerária na região tem sido realizada de forma responsável e sustentável. Além disso, a nossa parceria segue rendendo uma rica produção científica, entre dissertações, teses e apresentações em eventos acadêmicos no Brasil e no exterior, disponível para ser utilizada pela sociedade em prol do meio ambiente”, destaca o gerente das unidades da CBA na Zona da Mata, Christian Fonseca de Andrade.
Crédito das imagens: Aline Gonçalves Spletozer