Com técnicas inovadoras, MRN realiza reflorestamento em Porto Trombetas (PA)
A operação da Mineração Rio do Norte (MRN) no distrito de Porto Trombetas, no município de Oriximiná, Oeste do Pará, segue à risca a máxima da “mineração com sustentabilidade e respeito ao meio. ambiente”. Dos 441.282,63 hectares da Floresta Nacional de Saracá-Taquera, a empresa utiliza apenas 4,24%, sendo que boa parte da área já utilizada está em processo de restauração florestal.
Ao longo dos anos, a MRN vem aprimorando as metodologias de recuperação, a partir de pesquisas cientificas e da própria observação dos técnicos em campo. O trabalho de restauração das áreas é iniciado no momento em que se faz o inventário florestal, documento base para indicação de espécies a serem utilizadas no ambiente após o processo de lavra.
“Existem várias etapas que envolvem a restauração das áreas mineradas, entre elas a coleta de sementes e a produção de mudas, manejo da camada superficial do solo (topsoil), reconformação do solo, preparo da área para receber o topsoil e as mudas e seu monitoramento”, explica Ruberval Vieira Júnior, engenheiro florestal da MRN.
Para o processo de restauração da flora, a empresa realiza a condução de regeneração natural, utilizando o topsoil para a sucessão florestal, pois é onde se encontra o riquíssimo banco de sementes para o recobrimento inicial da área. O material também representa importante fonte de matéria orgânica, sementes, nutrientes, micro e mesofauna associadas ao solo – na mesofauna estão inseridos os animais de tamanho intermediário entre os micro-organismos e os macro-organismos, que desempenham importante papel na ciclagem de nutrientes e no fluxo de energia no solo.
A MRN também utiliza a técnica do plantio de mudas, com a coleta de sementes e produção de espécies, que são plantadas diretamente nas áreas mineradas, contribuindo para a recuperação do ambiente. A empresa também faz a semeadura direta, utilizando sementes para germinação no terceiro e quinto ano da restauração. Tanto o plantio de mudas quanto a semeadura direta visam o enriquecimento e o adensamento da área, gerando uma maior diversidade no ambiente.
Legado de responsabilidade socioambiental
Marcelo Dultra, gerente de Controle Ambiental e Relações Comunitárias da Mineração Rio do Norte, destaca o relacionamento com comunidades tradicionais que já usufruíam do território independentemente de zoneamento.
“Isso significa que elas não deixam de exercer suas atividades por conta da mineração, e que também têm o desafio diário de conciliar essas atividades de forma harmônica. E para apoiá-las nisso, a MRN desenvolve programas socioambientais resultantes de condicionantes e outros de forma voluntária”, afirma.
Para o gestor da mineradora, o principal legado a ser deixado pela empresa está relacionado à formação socioambiental de todos os atores envolvidos no processo e que vivem na região, além da geração e fomento ao conhecimento técnico cientifico.
“Outro legado das atividades da MRN está relacionado às receitas financeiras geradas a partir da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM, Compensação Ambiental, Indenizações Florestais e Acordos para fomentar a Conservação da Biodiversidade na região do Rio Trombetas. Essas receitas, se bem geridas pelos órgãos e poderes públicos, irão proporcionar uma série de benefícios para o município de Oriximiná e Estado do Pará, como saneamento básico, saúde, proteção do meio ambiente, geração de emprego e renda, segurança e qualidade de vida, contribuindo dessa forma ao desenvolvimento territorial”, avalia.