Cotações médias do alumínio primário apresentam ligeira queda em junho
As cotações médias do alumínio primário na London Metal Exchange (LME) registraram queda no mês de junho em comparação às registradas em maio de 2024. Para compras à vista, a média mensal atingiu US$ 2.495 por tonelada, uma redução de 2,7% em relação ao mês anterior. Para entrega em três meses, a cotação média alcançou US$ 2.548 por tonelada, 2,4% menor que a registrada em maio. Nas compras à vista, a maior cotação foi registrada no dia 01 de junho – US$ 2.625 por tonelada – e a menor no dia 17 – US$ 2.421 por tonelada. Na mesma comparação, a cotação média das ligas secundárias apresentou aumento muito significativo de 19,1%, registrando US$ 2.224 por tonelada para compras à vista e para entrega em três meses. A alta demanda da indústria automotiva americana e europeia, além de problemas pontuais de suprimento, podem explicar a grande variação das cotações das ligas desde o final de maio. Outro fator importante é o aumento da procura por material reciclado.
Os estoques de alumínio primário na LME encerraram o mês de junho com 1.021 mil toneladas – volume 92 mil toneladas inferior ao registrado no final de maio e 455 mil toneladas acima do registrado em dezembro/2023.
Segundo o International Aluminium Institute (IAI), entre janeiro e maio de 2024, a produção de alumínio primário atingiu 29,9 milhões de toneladas – crescimento de 4% em relação ao mesmo período de 2023. A China foi responsável por 59% deste total, equivalente a 17,7 milhões de toneladas, registrando alta de 5,4% na mesma comparação. Analistas do Shanghai Metals Market avaliam que o bom desempenho da produção chinesa no mês de maio, que registrou crescimento de 5% em relação ao mesmo mês de 2023, está associado a maior disponibilidade de energia hidrelétrica na província de Yunnan, permitindo a retomada das operações na região.
No final do mês de junho, chamou a atenção da indústria a notícia que a Rio Tinto planeja produzir alumínio “carbon-free” em sua planta Arvida, em Quebec, Canadá, utilizando a primeira licença da tecnologia emitida pela Elysis, sua joint venture com a Alcoa. A planta demonstração, com início de operação previsto para 2027, será equipada com 10 cubas para produção de 2.500 toneladas/ano.
