Desempenho acústico das esquadrias de alumínio
ABAL e AFEAL divulgam resultados de programas de ensaios para verificação da capacidade de atenuação acústica das esquadrias de alumínio
A ABAL e a Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (AFEAL) divulgaram no mês de dezembro os resultados de programas de ensaios para a verificação da capacidade de atenuação acústica de sistemas e esquadrias de alumínio. Foram considerados apenas os resultados dos ensaios feitos nas esquadrias que atendem a norma ABNT NBR 10821 – Esquadrias Externas para Edificações
Os ensaios começaram em julho de 2010 com janelas de padrão intermediário produzidas pelos sistemistas – Alcoa, Belmetal, Hydro e Votorantim Metais-CBA – nas tipologias mais usadas em dormitórios: janela de correr de duas folhas com e sem persiana integrada e de três folhas com veneziana, todas com vidros de 4 mm e 6 mm. Em outubro do mesmo ano os ensaios analisaram as janelas padronizadas de correr com duas folhas, com três folhas e veneziana e maxim-ar, com vidro de 3 mm e 4 mm.
“Quando consideramos o conjunto da fachada (esquadria e alvenaria), as janelas de padrão intermediário atendem e, muitas vezes, superam as exigências que deverão ser determinadas pela NBR 15575”, diz Cintia Figueiredo, da Alcoa e integrante do Comitê de Mercado Construção Civil da ABAL. São esquadrias que, em primeiro lugar, atendem a NBR 10821 com relação à estanqueidade a água, penetração de ar e requisitos estruturais, produzidas por sistemistas que participam do PSQ – Programa Setorial da Qualidade das Esquadrias de Alumínio e estão homologados pelo PBQP-H.
“As janelas produzidas de acordo com a NBR 10821 apresentaram resultados acústicos que atendem perfeitamente a Norma de Desempenho; já as não-conformes, tiveram desempenho muito baixo”, afirma Fabiola Rago, consultora técnica da AFEAL. Segundo ela, os aspectos que mais influenciam a boa performance acústica estão diretamente vinculados à tipologia e de como é tratada a vedação da janela – e não simplesmente no reforço do perfil ou no aumento da espessura do vidro. “Quando melhoramos a vedação de uma esquadria, melhoramos junto a isolação sonora; ao mesmo tempo, estamos atendendo a norma de esquadrias”, diz.
Ambos os estudos concluíram que as janelas de correr, da forma como são feitas hoje, não importa de que material, chegaram ao seu limite de vedação: independente do emprego de perfis mais robustos, o isolamento muda muito pouco. Porque a tipologia exige que a janela tenha uma fresta entre uma folha e outra para poder correr. “Necessariamente, onde passa o ar, passa o ruído”, explica Fabiola.
De acordo com as especialistas, o caminho é o desenvolvimento de janelas de correr, de forma que incorporem os conceitos de estanqueidade de outras tipologias como a paralela e a elevável, por exemplo. “As empresas terão que oferecer produtos com melhor desempenho, a preços competitivos; a palavra de ordem é desenvolvimento”, sentencia Cintia.
As associações agora trabalham em conjunto na produção de um material técnico para a orientação dos fabricantes de esquadrias e das construtoras e também na confecção de um selo para ser afixado às esquadrias, informando o desempenho acústico daquele produto.