Economia Circular: Nespresso é um case de sucesso com a reciclagem das cápsulas de alumínio
Por séculos, a economia funcionou da mesma forma: as empresas extraem e transformam. Os clientes, por sua vez, consomem e descartam, em busca de novos produtos. Esse processo linear tem início na exploração dos recursos naturais e é concluído pela geração de montanhas de lixo sem utilidade. Por algum tempo, ele se sustentou no aumento da eficiência: hoje as indústrias extraem 40% mais valor das matérias-primas do que há 30 anos. Mas não é suficiente: nesse mesmo período, a demanda aumentou 150%.
Esse modelo, que gera desperdício e desgaste do planeta, tem um limite e está com os dias contatos. Ao unificar as pontas da cadeia de geração e consumo de bens, a economia circular tem a capacidade de revolucionar toda a economia, com impactos positivos para o meio ambiente e a sociedade como um todo.
A economia circular muda a forma de extrair matéria-prima, que se torna mais criteriosa e consciente – e estimula, inclusive, a reciclagem e o uso de resíduos como fonte de novos produtos e o desenvolvimento de formas de produzir utilizando menos água, por exemplo, e gerando uma menor quantidade de substâncias poluentes, tudo em contato com a comunidade do entorno. A nova economia também envolve o consumo consciente e o descarte adequado, de forma a completar o circuito de forma eficiente e produtiva.
“A economia circular consiste na criação de processos que permitam o reaproveitamento não só dos produtos, como dos insumos agregados à produção”, afirma a diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mônica Messenberg. “É preciso acabar com o que chamamos de lixo, considerando todo material inserido em nossa sociedade como recurso útil e reutilizável.”
Casos concretos
A economia circular já é uma realidade. Está presente, por exemplo, no Centro de Reciclagem Nespresso, instalado na Grande São Paulo e que se dedica a reciclar as cápsulas de alumínio típicas do produto. A reciclagem, que teve início em 2011, tem investimentos da ordem de R$ 5 milhões anuais e, atualmente, recebe 22% de todas as cápsulas comercializadas. A Nestlé disponibiliza carros elétricos para os clientes de São Paulo e do Rio de Janeiro entregarem suas cápsulas para reciclagem. E os clientes das duas cidades que compram produtos da linha residencial podem recebê-los em casa, das mãos de entregadores utilizando bicicletas.
“Nossas ações focam em dar mais transparência ao nosso trabalho e à importância da destinação correta do alumínio, material infinitamente reciclável, e do pó de café, que se transforma em adubo”, explica Cláudia Leite, gerente de Criação de Valor Compartilhado e Comunicação Corporativa da Nespresso no Brasil.
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Fonte: Revista Época