Estudo da GV: impactos de um racionamento – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Estudo da GV: impactos de um racionamento

5 de junho de 2001

Racionamento de energia implicará em queda na produção

Estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), elaborado por solicitação da ABAL, avaliou o impacto de um racionamento de energia elétrica para o setor do alumínio primário e concluiu que uma redução de 15% no consumo de energia das empresas localizadas no Sudeste e Nordeste, implicará numa queda de produção em torno de 92 mil toneladas, o que representa cerca de 7% do total produzido no Brasil. Segundo o estudo, o racionamento provocará uma redução de aproximadamente US$ 153 milhões na receita das empresas do setor e implicará, ainda, na redução de US$ 58 milhões na margem de contribuição, em custos diretos de US$ 12 milhões para desligamento/religamento de linhas de produção e em queda de US$ 22 milhões no recolhimento de impostos, além de colocar em risco 1.450 empregos diretos. Para expor a preocupação do setor com relação à crise no fornecimento de energia elétrica, o vice-presidente da ABAL e o coordenador da Comissão de Energia reuniram-se no último dia 3, com o ministro das Minas e Energia, José Jorge de Vasconcelos Lima. Na ocasião, foi entregue o estudo da FGV e ressaltado que a indústria brasileira do alumínio primário vem fazendo a sua parte no que diz respeito à conservação, geração e modulação de energia, tendo reduzido em 7% o consumo nos últimos dez anos, atingindo um consumo médio específico de 14,8 MWh por tonelada de alumínio primário produzida, que se compara positivamente com a média mundial de 15,2 MWh por tonelada. Essa economia corresponde, considerando uma produção de 1.250 mil toneladas/ano, ao consumo anual de uma cidade com cerca de 450 mil habitantes, como Ribeirão Preto/SP O Ministro das Minas e Energia também foi informado que a indústria do alumínio está investindo pesadamente em geração de energia. Projetos em andamento montam a US$ 1,5 bilhão para implantação de 2.100 MW de capacidade, que deve elevar a geração própria atual de 13% para cerca de 50% das necessidades do setor. Além disso, existe um contínuo esforço da indústria com relação à reciclagem, que proporciona uma economia de energia de 95% daquela que é necessária à produção de alumínio primário. A ABAL também sugeriu a observação dos seguintes critérios para a implementação do racionamento: Preservação dos empregos produtivos / arrecadação de impostos / captação de divisas; Tratamento diferenciado a quem investe em geração / conservação de energia; Exclusão do racionamento para parcelas de autogeração hídrica ou térmica; Período de referência para cálculo da média de consumo de energia, base para racionamento, deve ser representativo do nível operacional da empresa e expurgado de atipicidades; Aumentos de carga já previstos anteriormente junto a concessionárias (investimentos em andamento que entram em operação na fase de racionamento) devem ser preservados; Flexibilidade e possibilidade de alocação de cotas em diferentes fábricas de uma mesma empresa. Preocupada com a extensão da crise energética, a ABAL levou ao Ministro sugestões de medidas que “venham normalizar a situação de abastecimento em futuro próximo”. Entre elas, destacam-se a solução da questão do preço do gás para as térmicas e a realização dos investimentos imprescindíveis em transmissão.

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