Estudos da CBA de monitoramento de fauna auxiliam na conservação ambiental da Zona da Mata Mineira
As Áreas de Proteção Ambiental (APA) são locais essenciais para a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais. A APA do Rio Preto, em São Sebastião da Vargem Alegre/MG, na Zona da Mata Mineira, vem recebendo os benefícios dos estudos ambientais e do processo de recuperação ambiental da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA).
Como forma de contribuir para além de suas obrigações legais, a CBA disponibilizou ao Conselho da APA do Rio Preto os “Estudos de Avifauna, Mastofauna e Herpetofauna da Região”. As informações contribuirão para a melhoria do Fator de Qualidade e Conservação da APA e, consequentemente, a pontuação frente ao Instituto Estadual de Florestas (IEF), órgão que avalia a qualidade ambiental de áreas de conservação em Minas Gerais. Ambos são importantes fatores para a pontuação do índice de conservação ambiental.
Para o gerente das unidades de mineração da CBA na Zona da Mata Mineira, Christian Fonseca de Andrade, a ação é mais um compromisso da companhia com a sustentabilidade e o apoio ao poder público.
“Além de fornecer informações importantes para a melhoria ambiental da APA, a iniciativa amplia o conhecimento das espécies que habitam o território, contribuindo para a conservação ambiental de toda a região. Os resultados dos estudos apontam para uma riqueza na biodiversidade comparável a outras unidades de conservação”, avalia.
Os estudos trazem resultados de 14 campanhas de campo da CBA, entre 2018 e 2021, que monitoraram trimestralmente os grupos de répteis, anfíbios, aves e mamíferos. Os resultados de vertebrados indicaram alta diversidade de espécies, sendo 256 aves, 67 répteis e anfíbios, além de 56 representantes da mastofauna (mamíferos que podem ser aquáticos e terrestres). Uma quantidade considerável de espécies ameaçadas de extinção ou deficientes em dados (com chance de estarem ameaçadas) também foram registradas durante o monitoramento: seis aves, nove mamíferos e dois anfíbios.
Segundo a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de São Sebastião da Vargem Alegre, o acesso a esses dados vai aprimorar o conhecimento e as necessidades do espaço de conservação.
“O compartilhamento desses estudos é valioso para absorvermos e recortarmos interesses, cuidados e necessidades da Área de Proteção Ambiental”, afirma Eduardo Almeida, secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e presidente da APA do Rio Preto.
Preservação ambiental na Zona da Mata Mineira
A lavra da bauxita difere de outros tipos de mineração por ser pontual, superficial, temporária e progressiva, sendo feita em áreas pequenas, durante curto espaço de tempo. O processo de lavra e de recuperação das áreas são desenvolvidos praticamente de forma concomitante e possibilitam a área retornar rapidamente à atividade produtiva e/ou ecossistêmica, mitigando os impactos ambientais e anulando, com a conclusão do processo de recuperação, os impactos socioeconômicos.
Além do compartilhamento dos estudos ambientais com a APA do Rio Preto, a CBA atua na preservação ecológica da região em diversas frentes, promovendo educação ambiental no território da APA e monitoramentos em toda a Zona da Mata mineira. Por meio do projeto de recuperação de áreas mineradas, a Companhia também devolve a propriedade ao produtor rural em condições iguais ou ainda melhores que as de origem, para a retomada de suas atividades agrícolas, assim como a reintegração à paisagem natural por meio da restauração florestal.
Os métodos e tecnologias presentes em todas as etapas do processo são fortemente aprimorados desde 2008 por meio de três linhas de pesquisa com a Universidade Federal de Viçosa (UFV): Reabilitação Ambiental (Solos), Restauração Florestal (Florestas) e Conservação Hídrica (Hidrologia Florestal). Desde o início desta parceria, a Companhia trabalha de forma ininterrupta com os cientistas da Universidade no desenvolvimento tecnológico contínuo de seus processos ambientais.