Lata de alumínio é destaque no Carnaval

No Carnaval deste ano, a coleta de latas de alumínio cresceu 25% em Salvador (BA)

A lata de alumínio, definitivamente, conquistou posição de destaque no Carnaval brasileiro. Item inseparável da alegria dos foliões na maior festa do planeta, a lata de alumínio exibiu sua popularidade na avenida, ruas e clubes do Brasil, desfilando mais uma vez um enredo de sucesso: o da reciclagem. A cada ano, a coleta aumenta na mesma proporção do aumento do consumo de bebidas nesta época do ano, propiciando renda para os catadores e beneficiando o meio ambiente. No Carnaval deste ano, a coleta de latas de alumínio cresceu 25% em Salvador (BA), em relação aos mesmos dias de folia de 2001. De acordo com estimativas da Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem (Coopcicla), foram coletadas cerca de 10 toneladas de latas de alumínio na capital baiana, trabalho feito por cerca de dois mil catadores. “A coleta e reciclagem de latas é importante não apenas pela preservação do meio ambiente e por gerar renda para pessoas carentes, mas também porque reduz os custos do serviço de coleta na cidade”, disse ao jornal Correio da Bahia, o presidente da Limpurb, Jalon Oliveira. Em Manaus, o aumento de consumo de bebidas em lata no Carnaval é responsável por 40% da coleta feita durante todo o ano no Estado, como publicou o jornal A Crítica. Outros 30% são coletados durante a festa do boi-bumbá, em Parintins, e o restante vem do consumo de rotina durante o ano. Segundo o jornal, apesar de não haver empresas recicladoras no Amazonas (tudo o que é coletado é enviado para as empresas das regiões Sul e Sudeste), há um mercado cada vez mais crescente de empresas coletadoras e prensadoras, que movimentam um mercado informal de coletadores de latas de alumínio estimado em três mil pessoas. Em Vitória (ES), a Associação dos Catadores de Material Reciclável (Ascamare), recolheu mais de 230 quilos de latinhas de alumínio somente durante o desfile das escolas de samba da cidade, realizado em dois dias, como informou o jornal A Gazeta. Durante o Vital de 2002 (carnaval fora de época de Vitória, realizado em novembro), foram coletadas 30 toneladas de latinhas nas praias e ruas da cidade, de acordo com dados da prefeitura local. No Recife, a coleta de latas de alumínio durante os dias de Momo ultrapassou as 50 toneladas, superando a expectativa da unidade local da Tomra-Latasa, que estimava receber 30 toneladas neste período, de acordo com reportagem do Jornal do Commercio. Tal volume corresponde a 30% da coleta mensal no Estado, que varia de 150 a 200 toneladas. “Mesmo com um grande consumo de bebidas nos focos da folia, não sobrava latinha no chão em pelo menos dois dos principais corredores do Carnaval, que são o bairro do Recife Antigo e o sítio histórico de Olinda”, publicou o jornal.