Latinhas de alumínio servem à arte, reciclagem e renda no carnaval paulistano – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Latinhas de alumínio servem à arte, reciclagem e renda no carnaval paulistano

25 de janeiro de 2008

As embalagens metálicas, além de outros materiais recicláveis, foram usadas para enfeitar o camarote da Prefeitura de São Paulo

 

 Fotos: Divulgação / Criacittá

O camarote da prefeitura de São Paulo, no Sambódromo do Anhembi, recebeu uma decoração inusitada, reciclável e socialmente responsável, para os desfiles de carnaval deste ano na cidade. A empresa de marketing cenográfico Criacittá, responsável pela decoração do espaço, utilizou 10 mil latinhas de alumínio, além de outros materiais, para confeccionar os mobiliários e os adereços que ambientaram o local onde o prefeito Gilberto Kassab e convidados acompanharam os desfiles das escolas de samba paulistanas.

A idéia de usar as latinhas de alumínio na criação de peças, como móveis e globos que enfeitaram o teto, partiu do tema “sustentabilidade”, escolhido pela São Paulo Turismo (SPTuris) para ambientar o camarote oficial do carnaval paulistano. E para que a ação, além de sustentável, tivesse também um caráter social, a empresa teve a parceria da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo, que selecionou jovens de 18 a 25 anos, integrantes do projeto Roda da Cidadania, para participarem da criação das peças e da decoração.

Tanto as latas quanto os outros materiais recicláveis utilizados foram comprados de associações de catadores de rua. As peças confeccionadas que não ficaram para o acervo da empresa foram doadas à Roda da Cidadania, que aproveitará os materiais para a confecção de novos itens e vendê-los na Loja-Escola da Roda da Cidadania – Rede de Comércio Solidário da Cidade de São Paulo.

Geração de renda

As cooperativas de catadores de sucata Crescer e Nova Conquista foram autorizadas pela prefeitura de São Paulo a trabalharem na coleta seletiva, durante o carnaval no Sambódromo do Anhembi. Cerca de 40 funcionários das duas empresas recolheram mais de 1.000 quilos de latas de alumínio deixadas pelos foliões nas arquibancadas e na área de dispersão, nos dias de desfile.

Segundo responsáveis das duas cooperativas, o volume coletado este ano gerou uma renda adicional de 35% aos catadores. “O carnaval foi uma ótima oportunidade para garantir um bom salário aos catadores no mês de fevereiro”, acrescenta o secretário da cooperativa Nova Conquista, Ivanildo Marcelino Silva.

Em outras cidades onde o carnaval recebe grande quantidade de foliões, como Olinda e Rio de Janeiro, a coleta também foi bastante significativa. No tradicional carnaval de rua de Olinda (PE), cerca de 450 catadores cadastrados na prefeitura coletaram quatro toneladas de latinhas de alumínio. Na Marques de Sapucaí, no Rio de Janeiro, 4,7 toneladas de latinhas foram recolhidas por 60 catadores cadastrados à Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) da prefeitura.

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