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Painel com participação da MRN trata sobre a diversidade econômica de comunidades da Amazônia 

5 de setembro de 2023

 

As formas de diversificar a economia em áreas de floresta na Amazônia brasileira foi um dos eixos principais do painel “Áreas Protegidas, Novas Economias e Grandes Empreendimentos”, realizado na quinta-feira, 31, na Conferência Nacional da Amazônia e Novas Economias, evento que acontece no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém-PA.

Participaram do painel a coordenadora-executiva na Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos de Oriximiná (ARQRMO), Claudinete Colé de Souza;  o diretor-presidente da Mineração Rio do Norte (MRN), Guido Germani; o diretor-presidente do Instituto Cultural Vale e diretor de Clima, Natureza e Investimentos Cultural da Vale, Hugo Barreto; o chefe da Resex Tapajós-Arapiuns, Jackeline Spínola; o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires; e o gerente para a Amazônia da Fundo Mundial da Natureza (WWF, na tradução para o inglês), Ricardo Mello.

O moderador do painel, Garo Batmanian, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), iniciou os debates ponderando que “não se trata de nova economia. Pelo contrário, são economias que já existem”, referindo-se às atividades desenvolvidas pelas populações tradicionais que vivem dentro da floresta amazônica. “Floresta não é intocável, pode gerar economia e renda para a população”, afirma.

Um exemplo do bom convívio entre comunidades e a natureza vem do município de Oriximiná, no Oeste do Pará. A própria comunidade que ajuda no monitoramento da floresta.

“A gente, numa parceria com a Google, conseguiu fazer um mapeamento territorial, por meio do qual a gente consegue ver onde tem desmatamento, onde tem garimpo… Quando identifica, a gente faz contato com as autoridades para ajudar a expulsar”, explica Claudinete. “A gente consegue fazer a gestão territorial para que a floresta seja preservada. Em Oriximiná, os territórios dos quilombos são os mais preservados”, conclui.

A comunidade é apoiada pela MRN, que opera bauxita no distrito de Porto Trombetas, também em Oriximiná. Um dos pontos destacados pelo diretor-presidente da empresa é o reflorestamento, que é feito em 100% da área onde houve a supressão vegetal para a retirada do minério.

“Temos áreas reflorestadas há mais de 30 anos que já são habitadas por grandes mamíferos e têm castanheiras de 30 metros dando fruto. Também existem sistemas agroflorestais em comunidades ribeirinhas e quilombolas, que apoiamos fornecendo sementes, mudas e ferramentas”, exemplifica Germani.

Segundo o executivo, a empresa já trabalha planejando o futuro, incluindo o fim das operações.

“Nosso objetivo é reflorestar além do que é obrigatório pela legislação e deixar a floresta mais rica do que encontramos quando chegamos para as comunidades, com porto, energia, agroindústria e, no futuro, ver nas gôndolas produtos feitos na Floresta Nacional de Saracá-Taquera”, projeta.

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