Primeiro Tour da Lata de alumínio reúne jornalistas e anuncia recorde do índice de reciclagem da latinha
Grupo visitou etapas do ciclo de vida da embalagem, desde uma cooperativa de catadores até a fabricação da embalagem
Nos dias 4 e 5 de novembro, a ABAL promoveu a primeira edição do Tour da Lata, nas cidades de Pindamonhangaba e Jacareí, em São Paulo. Vinte jornalistas de 14 veículos de imprensa tiveram a oportunidade de conhecer todo o ciclo de vida da lata de alumínio para bebidas, visitando desde uma cooperativa de catadores de materiais recicláveis até as indústrias que transformam a embalagem descartada em uma nova latinha.
O grupo começou visita na cooperativa de trabalho em Moreira César, distrito de Pindamonhangaba, onde ocorre toda separação das embalagens coletadas por catadores autônomos, por caminhões da cooperativa e da prefeitura da cidade. Os jornalistas foram recebidos pela supervisora do estabelecimento, Maria Ângela Gonzaga, que destacou os empregos gerados com a criação da cooperativa e a importância do alumínio em termos de preço.
Dispostas em grandes bags, as latas separadas na cooperativa seguem até o centro de coleta da Latasa, onde se juntam a fardos de sucata provenientes de outras fontes, como sucateiros e indústrias da região. No centro de coletas, o grupo acompanhou a preparação desse material em fardos prontos para a reciclagem. Silvio Leite, supervisor do Centro de Coleta, explicou que são enfardadas cerca de 500 toneladas por mês, sendo que no verão esse número pode aumentar em até 40%.
É na planta da Latasa que ocorre efetivamente a transformação da sucata em alumínio secundário, que é fornecido pela empresa na forma de lingotes ou no estado líquido, transportados em cadinhos com capacidade para oito toneladas de metal. “Utilizamos panelas especiais para o transporte, que acondicionam o material a uma temperatura aproximada de 780ºC“, destacou o gerente de processos da Latasa, Gilson Bento da Silva.
A panela é transportada por poucos metros até a planta da Novelis, única fabricante da chapa para a lata de bebidas de alumínio no país. A empresa demonstrou como funcionam as operações de laminação e a fabricação de chapas. Os jornalistas puderam acompanhar as etapas de laminação à quente e à frio, bem como o bobinamento da chapa.
Mercado de Reciclagem da ABAL, Mario Fernandez e o presidente executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas), Renault Castro anunciaram o novo recorde de 98,4% para o índice de reciclagem de latas de alumínio para bebidas, referente ao ano de 2014, do qual o Brasil detém a liderança mundial desde 2001.
Para fechar o ciclo, o grupo seguiu para Jacareí na unidade da Rexam – fabricante de latas de alumínio para bebidas. Os jornalistas acompanharam a produção dos corpos, pintura, secagem e envernizamento das latas. “A capacidade de produção da unidade de Jacareí é de 2,4 bilhão de latas por ano”, gerente Regional da Rexam, Anderson Stefano.
Uma nova visão da lata
A press trip reuniu um grupo bastante heterogênico de jornalistas: três agências internacionais – EFE, Bloomberg e Metal Bulletin; o jornal econômico DCI; as revistas Embanews e Tecnologística; além de veículos dos estados do Paraná (Folha de Londrina e revista Amanhã), Minas Gerais (Diário do Comércio), Mato Grosso do Sul (Midiamax, Folha de Paranaíba). Durante a divulgação do índice de reciclagem – parte da tour – juntaram-se ainda as tevês locais Aparecida, Band Vale e Vanguarda (Globo).
A avaliação do grupo foi bastante positiva e uma experiência profissional enriquecedora. “Considero muito importante a iniciativa de promover a aproximação de jornalistas com pautas e assuntos específicos tão passíveis de erros durante a cobertura. Sem dúvidas, as latas e o alumínio ganharam um novo valor para mim” declarou Mikaele Lourenço, correspondente do portal de Notícias Mídiamax (MS).
Para o coordenador do Comitê de Reciclagem da ABAL, o evento foi uma oportunidade extremamente importante para ampliar a divulgação e esclarecer esses importantes formadores de opinião sobre a reciclagem do alumínio no Brasil. “É um trabalho constante de conscientização constante da sociedade realizado pelas indústrias envolvidas em todo o processo; demonstramos a importância da reciclagem e os desafios para os próximos anos, entre eles, uma tributação justa, verde e em sintonia com o mercado e a sociedade”, ressalta Fernandez.