Produção de fundidos cresce 7,7% no primeiro semestre – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Produção de fundidos cresce 7,7% no primeiro semestre

26 de julho de 2011

Fundição de alumínio aumentou 11,6% no período, segundo ABIFA

 

 

A Associação Brasileira de Fundição (ABIFA) divulgou, no último dia 20 de julho, os dados de produção do setor no primeiro semestre. De janeiro a junho foram produzidas 292,6 mil toneladas de fundidos de metais ferrosos e não-ferrosos, um crescimento de 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado frustra as expectativas da ABIFA de ver o setor crescer 10% no ano e já revisou sua projeção para 7%.

Para o presidente da entidade, Devanir Brichesi, a queda da produção está relacionada principalmente ao aumento das importações do setor automotivo – montadoras e mercado de reposição –, responsável pelo consumo de 60% de fundido nacional.  A alta incidência de tributos e encargos sobre a cadeia transformadora também é grande responsável pela perda de competitividade da indústria nacional. Segundo Brichesi, o custo básico de produção de um veículo no Brasil é 60% maior que na China e na Índia. 

“Temos que desonerar a indústria de transformação e criar medidas que refreiem as importações; em um país em desenvolvimento como o Brasil, uma indústria mãe, que é base para tantas outras, como a de fundição, não pode crescer apenas o mesmo que o PIB”, alerta.

Dados da ABIFA também indicam que a produção de alumínio fundido no primeiro semestre de 2011 atingiu 133,4 mil toneladas, contra 119,6 mil toneladas no mesmo período do ano anterior, volume 11,6% maior. Segundo Brichesi, esse crescimento reflete apenas uma recuperação do mercado em busca dos patamares de 2008, período pré-crise mundial. “Não se trata de um avanço de mercado, pelo contrário, a ameaça das importações de autopeças é cada vez maior”, ressalta.

Reciclagem de veículos

Para o vice-governador do Estado de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, convidado da ABIFA na ocasião, a execução de um plano de renovação de frotas certamente contribuirá para a melhora dos resultados da cadeia produtiva para a indústria automotiva. “A renovação de frota faz girar a reciclagem e o consumo, retirando de circulação a frota poluidora e substituindo por uma mais nova”.

Segundo Afif Domingos, esse plano começou com a inspeção veicular, porém ainda há gargalos a serem resolvidos na apreensão e desmontagem do veículo que não tem mais condições de circular. Para Afif –  que assumiu recentemente a presidência do Conselho Gestor do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas (PPP) –  o papel do Estado, com a obrigatoriedade da inspeção,  é gerar o fluxo que movimenta essa cadeia, enquanto caberá ao setor privado injetar recursos, por meio das PPPs, para executá-la.

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