Profissionais PCDs conquistam espaços na operação da Alubar e MRN
Hoje, 21 de setembro, é celebrado o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. Neste contexto, as indústrias paraenses têm incentivado a inserção de profissionais PCDs, viabilizando ambientes de trabalho inclusivos e fomentando a qualificação destes empregados, com foco na evolução de carreira. É o caso de Erivane Sousa, 26 anos, que nasceu com deficiência auditiva e atua como assistente administrativa na MRN.
“Passei no programa como jovem aprendiz para técnica administrativa. Adquiri experiência no almoxarifado do Hospital de Porto de Trombetas, durante um ano e meio, e depois surgiu uma oportunidade na mina para trabalhar como assistente administrativa, onde estou até hoje”, relata. “Este mês completei oito anos na empresa. São muitos aprendizados e ensinamentos que levarei para toda a vida. Já participei de diversos treinamentos internos na área de qualidade e de grupos de auditorias em outras áreas. É muito proveitoso fazer parte dessa equipe”, complementa.
Comprometimento
Alessandra Martins, de 46 anos, trabalha há 11 meses na Alubar. Para ela, que possui sequela de paralisia infantil do lado esquerdo do corpo, a inclusão de PCD nas organizações deve ir além do cumprimento da cota prevista na legislação.
“Para serem de fato inclusivas, as empresas precisam ter comprometimento com o fator necessidades especiais. São comuns empresas que não querem gastar com adaptações para o PCD. Organizações comprometidas de fato com nosso bem-estar e desenvolvimento, como a Alubar, são exceções”, relata.
As dificuldades de locomoção e movimento são superadas também graças ao ambiente acolhedor e gestores atenciosos que se preocupam em adaptar o acesso aos diversos espaços da fábrica, com comunicação clara e iniciativas que, por vezes, são simples, como ônibus adaptados com elevador ou suportes que facilitam o embarque e desembarque no transporte.
“Ao chegar na Alubar, fiquei surpresa e feliz. Foi minha primeira experiência na indústria, ainda não tinha visto um local de trabalho que tivesse tantos PDCs atuando, e isso para nós é fantástico. Nos sentimos incluídos de fato e de direito”, disse.