Programa com apoio da MRN celebra 40 anos na conservação de quelônios no Pará – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Programa com apoio da MRN celebra 40 anos na conservação de quelônios no Pará

7 de janeiro de 2021

 

Criado no início dos anos 80 para conservar a maior área de reprodução da tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) até então conhecida, o programa com o nome Quelônios Amazônicos, conduzido na época pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), e, posteriormente, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), contribuiu para manter a sobrevivência dessa espécie de quelônio aquático na Reserva Biológica do Rio Trombetas (Rebio Trombetas), criada em 1979 para reforçar este trabalho de conservação.

Entre os anos de 2003 e 2004, o trabalho foi ampliado com foco também em outros quelônios aquáticos, tracajás (Podocnemis unifilis) e pitiús (P. sextuberculata), que estavam sendo fortemente explorados de forma clandestina, correndo risco de extinção na região. A partir daí, passou a ser chamado de Programa Quelônios do Rio Trombetas (PQT) e a ter importante apoio da Mineração Rio do Norte (MRN).

Cerca de 5 milhões de filhotes foram devolvidos à natureza neste período na Rebio Trombetas, oeste do Pará

“Decidimos ampliar o programa para fazer a proteção destas espécies com a participação da própria comunidade. Então, passamos a contar com voluntários fazendo a proteção e o manejo dos ninhos destas outras duas espécies. Somando todos estes esforços, desde os anos 80 já foram devolvidos à natureza, pelo menos, 5 milhões de filhotes na Rebio Trombetas”, conta Marco Aurélio da Silva, coordenador de pesquisa e monitoramento do Núcleo de Gestão Integrada Trombetas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A partir de 2007, o PQT passou a ser desenvolvido pelo ICMBio, órgão do MMA responsável pela gestão das Unidades de Conservação Federais, mantendo a parceria com a MRN e o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ). Também conta com a fundamental participação de mais de 100 comunitários quilombolas voluntários, totalizando 30 famílias, que trabalham na proteção, no manejo e no monitoramento de ninhos, ovos e filhotes nos tabuleiros e praias de desova.

“Os resultados positivos deste programa demonstram sua relevância para manter a conservação destas espécies no meio ambiente, principalmente dentro da Rebio Trombetas, e a educação ambiental das comunidades desta região”, declara Genilda Cunha, analista de Relações Comunitárias da MRN.