Programas de diversidade da MRN incentivam a força feminina a crescer no setor
O Dia Internacional das Mulheres na Mineração, 15 de junho, criado pela International Women in Mining (IWiM), em 2022, tem por objetivo discutir e refletir o papel da mulher em um setor que ainda é majoritariamente masculino, para incentivar e trazer inclusão para essa área a Mineração Rio do Norte (MRN) tem investido em programas de diversidade e inclusão para garantir que as oportunidades alcancem um número cada vez maior de mulheres na região.
Na liderança da equipe de manutenção, está a Juciléia Costa, técnica de Planejamento de Manutenção de Máquinas Móveis da MRN no distrito de Porto Trombetas, em Oriximiná, oeste do Pará. Ela iniciou a jornada na empresa como assistente administrativa e quase 10 anos depois já lidera uma equipe de profissionais.
Há poucos quilômetros dali, na área de Beneficiamento da Mina Saracá, a jovem eletricista Ádina Santos, da comunidade Moura, também tem escrito sua história de conquista de espaço. Em fevereiro de 2021, entrou na empresa como Jovem Aprendiz e, em novembro de 2022 compos o quadro de empregados efetivos.
“Quando eu cheguei aqui, fiquei surpresa porque eu olhava e não via muitas mulheres, me senti uma formiguinha ao lado de um elefante. Foi em meio à pressão para execução de algumas tarefas, que pude perceber a mudança de olhar deles ao verem que também conseguiria executá-las”, conta.
Relatório desenvolvido pela Women in Mining Brasil (WIM Brasil), em parceria com a EY People Advisory Services, revelou que as mulheres representam 17% da força de trabalho do setor mineral do país. Para refletir e estimular perspectivas de mudanças nesse quadro, não muito diferente em outros países, a International Women in Mining (IWiM) criou, em 2022, o Dia Internacional das Mulheres na Mineração, celebrado anualmente no dia 15 de junho.
“Mesmo que os nossos números não pareçam tão expressivos, eles já representam uma mudança no setor mineral e, passa a ser preocupação recorrente tendo em vista a pauta da inclusão de gênero, mostrando que a mulher pode estar onde ela quiser”, destaca a diretora da WIM Brasil e gerente geral de Comunicação da MRN, Karen Gatti.
Ainda de acordo com o relatório da WIN Brasil, 97% das empresas participantes da pesquisa disseram possuir um programa de Diversidade, Equidade e Inclusão estruturado. Para acompanhar essas mudanças, a mineradora tem investido na ampliação de espaço para as mulheres por meio da implementação de práticas como a reformulação de programas de Trainee e Jovem Aprendiz, e ampliação do programa de Diversidade & Inclusão, o MRN pra Todos. Os resultados são vistos no dia a dia. Em 2021, a força feminina da empresa aumentou de 6,6% para 9,2%. Já em 2022, o quantitativo aumentou novamente para 11,8%.
Karen Gatti destaca que os números deste cenário da empresa refletem, especialmente, o direcionamento desenvolvido pelos pilares de diversidade da empresa. De acordo com a executiva, o objetivo é ampliar cada vez mais a representatividade e inclusão nos diferentes setores.
“Além dos pilares de Gênero, temos o pilar de Etarismo, Raça e Etnia, LGBTQIA+, que são trabalhados de maneira integrada e conjunta, mas sempre respeitando a individualidade de cada um”, explica. As mulheres têm um papel fundamental dentro da mineração. Elas são pioneiras e trazem uma perspectiva diferenciada com novas abordagens. É sabido que uma empresa diversa consegue, inclusive, ter melhores resultados financeiros do que uma empresa que não trabalha essas pautas. Então focar na inclusão das mulheres na mineração não é apenas uma questão estratégica, mas de futuro”, pontua Karen Gatti.