Reserva da CBA no norte goiano registra mais de 80 espécies de fauna do Cerrado – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Reserva da CBA no norte goiano registra mais de 80 espécies de fauna do Cerrado

5 de outubro de 2022

 

Com 32 mil hectares, sendo que 80% desse território é de Cerrado de em alto grau de conservação, o Legado Verdes do Cerrado – Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável de propriedade da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), localizada em Niquelândia (GO) –, é um refúgio para diversas espécies de animais da fauna desse bioma, algumas delas ameaçadas de extinção. Atualmente, a Reserva já tem catalogadas mais de 80 espécies, entre pequenos e grandes mamíferos, anuros (sapos, rãs e pererecas) e peixes, fruto de diferentes métodos de registro, como avistamento direto com fotos e vídeos por celulares ou câmeras fotográficas, por pesquisas científicas e câmeras de monitoramento de fauna.

As armadilhas fotográficas, também chamadas de câmeras trap ou câmeras de monitoramento de fauna, têm se destacado entre os métodos de registro de animais na Reserva. Esses equipamentos possuem uma câmera digital embutida com um sensor de temperatura e movimento. Quando eles detectam a movimentação de algum animal, ao mesmo tempo em que identificam uma temperatura diferente daquele ambiente, a câmera começa a capturar imagens – em vídeo ou foto. E o melhor: sem qualquer contato ou interferência com o animal.

De acordo com David Canassa, diretor da Reservas Votorantim, empresa gestora do Legado Verdes do Cerrado, desde a fundação da Reserva em 2018, é realizado o levantamento da riqueza biológica presente no território, incluindo da fauna. “Muitos animais e plantas são bioindicadores, ou seja, a presença deles indica a qualidade e saúde daquele ambiente natural. A CBA e a Reservas Votorantim já acreditavam que o território do Legado Verdes do Cerrado é um importante refúgio para a vida selvagem do bioma, e os registros ao longo desses cinco anos da Reserva estão comprovando isso. O objetivo com o levantamento da riqueza biológica da Reserva é contribuir para o aumento do conhecimento que se tem sobre o bioma, além de gerar dados que subsidiem a criação de negócios baseados na nova economia que revertam na conservação do território”, explica o diretor.

Onças do Legado Verdes do Cerrado

Dentre os destaques de registros feitos pelas câmeras trap, estão o da onça-pintada e os da onça-parda. A abundância de registros nas câmeras é da onça-parda, que de 2019 a 2022 foram 15, em diferentes pontos da Reserva, podendo ser a mesma onça ou outras.

A quantidade de registros de onça-parda já possibilitou observar diferentes atividades da espécie, como caminhadas e paradas para beber água, o que seria muito difícil de ver a olho nu na natureza, já que se trata de um animal arisco.

A onça-pintada foi flagrada pela primeira vez em 2019, no entanto, pegadas da espécie foram registradas ao longo dos anos, o que indica que o animal continua presente na Reserva.

Além das onças, a jaguatirica, que está na família dos pequenos felinos, também foi registrada no Legado Verdes do Cerrado.

Diversidade de espécies

A anta foi outra espécie com abundância de registros pelas câmeras e por outros métodos, como a observação direta, que é quando a pessoa vê o animal livre na natureza. Os vídeos mostram diferentes comportamentos da anta, como tomando banho, com filhote e “forrageando”, que é quando ela usa o focinho para revirar o solo em busca de alimentos.

O avistamento direto, inclusive por parte dos colaboradores da Reserva, já resultou no registro de animais como cachorro-do-mato, veado-campeiro, tamanduá-bandeira, caititu, gato-do-mato, gato-maracajá, raposa-do-cerrado, quati e diversas espécies de aves.

O logo-guará, um dos animais símbolo do Cerrado, também foi registrado na Reserva.

As pesquisas científicas em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG) resultaram no registro de 25 espécies de anuros (sapos, rãs e pererecas), sendo que dessas, sete só são encontradas no Cerrado, além 40 espécies de peixes, sendo duas registradas pela primeira vez em Goiás, o pacu (Serrasalmus rhombeus) e piranha-preta (Serrasalmus rhombeus).

Para ampliar o conhecimento, catalogação e descoberta de novas espécies, a Reserva, recentemente, instalou 20 armadilhas fotográficas em diferentes pontos do seu território.