Resistência do alumínio ao fogo e ao faiscamento – Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
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Resistência do alumínio ao fogo e ao faiscamento

3 de janeiro de 2003

Resistência ao Fogo, Comportamento à Propagação da Chama e Faiscamento do Alumínio e suas Ligas (*) (*) The Aluminum Association Inc Análises de dados de Referências Independentes Segunda edição/Julho de 2002

O alumínio pode ser fundido em temperaturas da ordem de 655 ºC e apresenta significativa perda de resistência mecânica em temperaturas acima de 200 ºC. Essas características são importantes para a seleção de aplicações para o alumínio e suas ligas. Entretanto, o alumínio não queima sob quaisquer condições de atmosfera a que está submetido, nem sustenta ou ativa a combustão ou a propagação da chama. Testes padronizados de acordo com a ASTM (American Society for Testing and Materials) e especificações para edifícios (building code specifications) realizados por organizações como o National Institute of Standards e Technology (NIST), conhecido anteriormente como National Bureau of Standards, Signet Laboratories e United States Testing Company, comprovaram essas características.

As ligas de alumínio são largamente utilizadas em aplicações estruturais, arquitetônicas e no setor de transportes, que requerem excelente resistência ao fogo (torres de perfuração de petróleo, navios, caminhões para transporte de líquidos inflamáveis e edifícios públicos como ginásios de esportes, auditórios e outros). As ligas de alumínio têm permanentemente atendido a todos os requisitos para resistência ao fogo quanto à propagação de chamas. Informações errôneas têm sido divulgadas pela imprensa em várias ocasiões sobre a resistência do alumínio ao fogo, destacando o fato de que o metal queima. As mais notáveis foram sobre o afundamento de quatro navios de guerra da Marinha Britânica (incluindo o H.M.S. Sheffield), no Atlântico Sul, durante a Guerra das Malvinas. As matérias publicadas na época afirmaram, incorretamente, que o alumínio utilizado nas superestruturas dos navios era a causa de suas perdas, e que o alumínio teria sido queimado e atiçado o fogo iniciado pelas bombas e mísseis argentinos. As matérias também questionaram a performance do alumínio em relação à do aço para a proteção contra estilhaços.

Logo após a Guerra das Malvinas, o ministro da Defesa do Reino Unido autorizou uma investigação técnica para avaliar a performance dos navios de guerra ingleses nas Malvinas. Baseado nesse estudo, o Ministério da Defesa britânico concluiu, em um relatório enviado ao Parlamento, que não havia evidências de que o alumínio contribuiu para a perda dos navios no combate das Malvinas. Apesar de o alumínio ter sido completamente isentado de culpa no caso dos navios ingleses, a controvérsia foi novamente levantada após o ataque dos mísseis Exocet contra a fragata Stark, da marinha norte-americana, no Golfo Pérsico, em maio de 1987. Matérias publicadas na época, pela imprensa sugeriram que a superestrutura de alumínio da fragata contribuiu, de alguma forma não identificada, para a alta intensidade do fogo provocado pela explosão do Exocet. Uma vez mais, estas matérias foram julgadas como incorretas, e um porta-voz da Marinha Britânica afirmou que após a explosão do míssil “aço e alumínio reagiram praticamente da mesma forma”.

Fatos que comprovam a resistência do alumínio ao fogo: • A alta condutibilidade térmica, o calor específico e a refletividade do alumínio ajudam a proporcionar resistência às estruturas contra o aumento de temperatura durante o fogo, comparado ao proporcionado pelos aços. • Mesmo quando as temperaturas aumentam para níveis incendiários intensos, o alumínio não queima no ar nem dará suporte à combustão. Quando testado de acordo com o Método Padrão E136 da ASTM ou British Standard 476 o alumínio apresenta o mais alto índice de resistência à propagação da chama, sendo de difícil combustão sob condições atmosféricas, não permitindo que a chama se propague. • Quando necessário, a integridade de estruturas fabricadas com ligas de alumínio pode ser protegida contra o fogo por adequados períodos de tempo, quando indicada por especialista competente com conhecimentos da tecnologia comercial e prática à prova de fogo como por exemplo o concreto de vermiculita de baixa densidade, similar àqueles utilizados para proteger o aço contra o fogo. Fatos relacionados à resistência ao faiscamento do alumínio: • O alumínio não provoca faíscas em quaisquer ambientes ou quando em contato com outros materiais, com uma conhecida exceção: poderá ocorrer faiscamento quando do contato do alumínio com metais ferrosos oxidados. • Sob condições de provável ou possível choque do alumínio com metais ferrosos oxidados, revestimentos de proteção, como a pintura, são recomendados para evitar qualquer possibilidade de faiscamento.

O trabalho da Aluminum Association na versão em inglês está disponível para consulta no Centro de Informações da ABAL.

Informações: alumínio@abal.org.br

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